Coréia do Norte 'não planeja fazer novos testes nucleares'
A informação foi passada para a agência pelo ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Aso, que teria conversado com autoridades chinesas.
“Apesar de não ser confirmado, nós obtemos a informação que (Kim) disse à Tang que seu país não vai conduzir um segundo teste nuclear”, disse Aso à agência.
“Acho que é um resultado das pressões do Japão, dos Estados Unidos e da China nestes últimos dias.”
Agência sul-coreana
O comentário de Aso coincide com a informação divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, que também cita uma declaração do enviado chinês.
O líder norte-coreano teria dito que seu país "não tem planos para testes nucleares adicionais", durante visita de Tang, na quinta-feira.
O enviado, que é ex-ministro das Relações Exteriores da China, retornou à Pequim se dizendo otimista com o resultado da reunião.
Ele afirmou que sua ida ao país vizinho “não tinha sido em vão" e que as conversas aumentaram o entendimento mútuo entre os dois países.
O objetivo do encontro de Jiaxuan com Kim Jong-Il foi tentar convencer a Coréia do Norte a voltar à mesa de negociações, de acordo com autoridades chinesas.
Rice
A China, que é a aliada mais próxima da Coréia do Norte, alertou o país vizinho a não levar adiante as intenções de realizar um novo teste nuclear.
Jiaxuan se encontrou com a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, que está na China fazendo pressão para que as sanções contra a Coréia do Norte, aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU em resposta ao teste nuclear de 9 de outubro, sejam plenamente implementadas.
Rice está na China como parte de uma viagem à Ásia onde busca apoio contra a Coréia do Norte.
Ela também se encontrou com o ministro das Relações Exteriores chinês, Li Zhaoxing, e descreveu as discussões sobre as sanções contra o teste nuclear norte-coreano como sendo muito “positivas”.
A China teria ameaçado o vizinho com um corte no fornecimento de petróleo no caso da realização de novos testes.
De acordo com o correspondente da BBC em Pequim, Rupert Wingfield-Hayes, há sinais de que, nos bastidores, a China está começando a endurecer o tom na relação com a Coréia do Norte.
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