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Politica Brasil
Terça - 17 de Outubro de 2006 às 19:15

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A cúpula dos partidos de oposição - PPS, PSDB e PFL -passou hoje por uma saia justa durante a reunião com o presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal, Sandro Torres Avelar. Após a ofensiva dos oposicionistas nos últimos dias na tentativa de provar que a PF estaria sendo manipulada pelo governo Federal, o delegado defendeu a instituição e negou interferência política no órgão. "A Polícia Federal é um órgão sério, que tem feito um trabalho sério", disse. "Não existe operação abafa", completou.

O presidente da associação considerou normais os prazos do processo de investigação da compra de um dossiê com supostas denúncias contra o agora governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), por pessoas ligadas ao PT. A oposição questiona o fato de a origem do dinheiro não ter sido revela até agora. "Os prazos são normais e nos próximos dias poderemos ter novidades", anunciou.

Apesar de afirmar que ainda não existem indícios de perseguição do delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno, que vazou as fotos com o dinheiro apreendido no caso à imprensa, Sandro Torres disse que a entidade vai acompanhar firmemente o caso. "Temos uma grande preocupação com o delegado Bruno. Mas estamos acompanhando. Neste processo ainda não se pode dizer que houve perseguição", disse.

Edmilson Bruno responde a processo por ter vazado as imagens à imprensa de forma irregular, após a proibição do Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de divulgar as imagens. Inicialmente, o delegado chegou a alegar que as fotos teriam sido roubadas.

Sem a confirmação do presidente da associação de que haveria operação abafa, os líderes oposicionistas tentaram focar a discussão na questão do delegado da Polícia Federal. "O delegado veio trazer uma preocupação em relação à corporação e aos riscos de perseguição política ao delegado Bruno", afirmou o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE). "O delegado foi afastado do cargo e agora está sendo acusado de demissão", afirmou o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB).

O delegado aproveitou o encontro para apresentar aos três partidos um projeto que assegura a total autonomia da Polícia Federal. "Para evitar esse tipo de suspeição é preciso mudar normas e dar mais autonomia", afirmou o delegado. Entre as propostas da associação está a determinação de que a escolha do superintendente da Polícia Federal seja escolhido através de uma lista tríplice pelo Senado e não pelo presidente da República. O PSDB, o PPS e o PFL vão analisar a proposta.





Fonte: Agência Nordeste

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