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Segunda - 16 de Outubro de 2006 às 02:09

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O blog de uma jornalista chinesa que decidiu seguir adiante com sua gravidez apesar do fim de seu relacionamento abriu o debate entre os internautas da China, um país muito tradicional e que rejeita as mães solteiras. Considerada por alguns uma prostituta e por outros uma santa, o blog registrou desde agosto mais de 600 mil visitas em seu guestbook, intitulado Palavras para o meu bebê, onde recebeu tanto mensagens duras como conselhos de outras mães solteiras chinesas que admiram sua coragem, segundo publica hoje o jornal China Daily.

A jovem decidiu seguir adiante com sua gravidez após romper com seu companheiro, e diariamente escreve em seu blog poemas para seu futuro filho, a quem chama carinhosamente de 'Porquinho'. "Não é uma decisão impulsiva. Acho que enfrentarei muitas dificuldades no futuro, mas acredito que poderei resolvê-las com fé", assinala a jornalista.

O debate gerado por este diário na internet demonstra como a transição chinesa faz posições muito conservadoras conviverem com outras muito mais liberais. "Seu bebê terá uma vida incompleta sem um pai e seus pais vão sofrer uma grande pressão por parte da sociedade", comenta um internauta. No entanto, outras mães solteiras animam a jornalista grávida com mensagem de apoio. "Ame a você mesma e ame o seu 'porquinho', isso será suficiente. Este problema é seu, você não está fazendo mal a ninguém. Seja feliz e tenha coragem para fazer o que quiser", aconselha uma admiradora.

Embora a Lei de Planejamento Familiar e População da China não proíba as mães solteiras de terem filhos, a sociedade chinesa, conservadora na aparência, costuma condenar ao ostracismo estas mulheres. "As mães solteiras desfrutam dos mesmos direitos e do mesmo tratamento de uma mulher casada", lembra Wu Changzhen, catedrático da Universidade Chinesa de Ciências Políticas e Lei.

"O povo deveria respeitar o direito das mulheres solteiras de ter filhos, já que o peso social e econômico poderia forçar estas mulheres a abandonarem seus herdeiros", opina o sociólogo Xia Xueluan, da Universidade de Pequim.




Fonte: Agência EFE

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