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Nacional
Quinta - 12 de Outubro de 2006 às 15:15

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A recuperação dos 20 quilômetros do Rio dos Sinos, que sofreu no último sábado um desastre ambiental causando a morte de mais de um milhão de peixes, deve durar pelo menos três anos, disse o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), Altemir Gregolin.

No próximo mês, seria a época da piracema, período de reprodução dos peixes. "Possivelmente, nos próximos dois ou três anos haverá um comprometimento muito grande na reprodução dos peixes. O desastre compromete muito os estoques e a reprodução", afirmou Gregolin.

Até o momento, uma indústria de alimentos e dois curtumes foram autuados pela Fundação de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) e outras 50 indústrias da região já foram investigadas. "Mas o processo de investigação continua", disse o ministro.

Ele explicou que dos 200 quilômetros do Rio dos Sinos, 20 foram atingidos pelos resíduos químicos jogados por algumas indústrias da região. Mesmo assim, Gregolin afirmou que o abastecimento de água das cidades da região não está prejudicado. "Os pontos de captação de água que abastecem as cidades não foi atingido. A Corsan (Companhia Riograndense de Abastecimento) está fazendo a coleta de amostras de água de hora em hora e monitorando de perto. Até agora, não foi constatado nada", acrescentou.

Altemir Gregolin pediu apuração rápida e o uso do rigor da lei na punição dos responsáveis pelo desastre ambiental. "Não dá para admitir um fato dessa gravidade ser provocado por gente que é irresponsável com o meio ambiente. O que está em cheque não é só o rio em si, mas o nosso futuro. Tem de ter punição severa e um plano de despoluição do rio a médio e longo prazo".

O ministro explicou ainda que a Polícia Civil e o Ministério Público no estado abriram processo e estão investigando as causas do desastre. Além disso, ele informou que colocou a Polícia Federal à disposição das autoridades, se for o caso. Ao todo, estão envolvidas no processo de investigação e recuperação do rio mais de 100 pessoas.





Fonte: Agência Brasil

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