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Internacional
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 10:16

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A comunidade internacional condenou com veemência o teste nuclear realizado pela Coréia do Norte nesta segunda-feira, afirmando que Pyongyang segue para um isolamento cada vez maior. O ministro chinês de Relações Exteriores, Li Zhaoxing, e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, falaram nesta segunda-feira, por telefone, sobre a crise provocada pelo teste nuclear de Pyongyang.

"As duas partes trocaram seus pontos de vista sobre os últimos acontecimentos da situação na península coreana", informou o Ministério de Relações Exteriores chinês em um curto comunicado.

Segundo o comunicado chinês, Li Zhaoxing reafirmou a Condoleezza Rice as posições de Pequim a respeito do teste, condenado nesta segunda-feira pela manhã por seu ministério por meio de uma declaração oficial.

"A Coréia do Norte ignorou as preocupações da comunidade internacional e procedeu de forma vergonhosa um teste nuclear. O governo chinês expressa nesta ocasião sua firme oposição".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também condenou nesta segunda-feira o teste de bomba atômica realizado pela Coréia do Norte e lamentou o "enorme prejuízo" contra o regime de não-proliferação nuclear, informaram as agências russas.

"A Rússia condena absolutamente os ensaios realizados pela Coréia do Norte. Não se trata somente da Coréia, mas do prejuízo enorme ao processo de não-proliferação de armas de destruição em massa no mundo", declarou o mandatário ruso diante de membros do governo.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, condenou o teste nuclear anunciado pela Coréia do Norte e o classificou de "ato totalmente irresponsável".

"Pedimos ao governo norte-coreano para interromper imediatamente seu programa de armamento e de mísseis nucleares e não fazer mais testes", disse o ministro alemão de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier.

O ministro alemão pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que "reaja com firmeza à provocação norte-coreana".

O Paquistão, país que possui a arma nuclear, afirmou que "lamenta" o teste nuclear norte-coreano e acrescentou que se trata de um assunto desestabilizador para a região.

"O Paquistão lamenta o anúncio feito pela República Democrática Popular da Coréia de um teste nuclear", disse à imprensa o porta-voz do ministério, Tasnim Aslam. Último país a realizar oficialmente um teste de arma nuclear, em maio de 1998, dias depois do teste feito pela Índia, o Paquistão está envolvido no processo norte-coreano de aquisição da arma nuclear.

O ''pai'' da bomba paquistanesa, o cientista Abdul Qadeer Khan, confessou em fevereiro de 2004 que dirigiu uma rede de exportações ilegais de tecnologia nuclear em benefício da Coréia do Norte, Irã e Líbia.

Na França, o ministro das Relações Exteriores, Philippe Douste-Blazy, frisou que o teste nuclear anunciado pela Coréia do Norte é um "ato de muita gravidade para a segurança internacional", sendo necessário uma "resposta firme" da comunidade internacional.

"O Conselho de Segurança advertiu a Coréia do Norte na sexta-feira, 6 de outubro", ressaltou o chefe da diplomacia francesa.

A Índia se declarou "profundamente preocupada" com o "lamentável" teste nuclear anunciado pela Coréia do Norte, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

O teste "questiona a paz, a estabilidade e a segurança na península coreana e na região", acrescentou o ministério.





Fonte: AFP

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