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Sábado - 07 de Outubro de 2006 às 12:14

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Duas realidades completamente diferentes em um verdadeiro choque social entre ricos e pobres. Esse é o enredo de Vidas Opostas, novela de Marcílio Moraes que a direção da Record aprovou para substituir Cidadão Brasileiro no horário nobre da emissora.

Prevista para estrear em novembro, a trama é uma inusitada mistura de Cidade de Deus com Cinderela. Um rapaz milionário da zona Sul carioca apaixona-se por uma jovem favelada, em uma relação atribulada que reúne muitas cenas de ação, violência e criminalidade.

"Meu objetivo é fazer uma novela que vá fundo na 'fratura' social brasileira. Os protagonistas são de pontas opostas da pirâmide social", explica o autor.

A novela será gravada em uma favela real. O cenário escolhido foi a comunidade Tavares Bastos, chamada na novela de "Bairro Torto", localizada no Catete - bairro da zona Sul do Rio de Janeiro.

Dominado pelo Batalhão do Operações Especiais da Polícia Militar, o Bope, o morro é um dos únicos na cidade que não sofre com o tráfico de drogas - além de possuir uma belíssima vista para o mar.

A história, no entanto, será violenta. Logo no primeiro capítulo, Sovaco e Pavio, personagens de Leandro Firmino e Philippe Haagensen, estão no comando do tráfico e são surpreendidos com a invasão de uma facção liderada por Jeferson e Jackson, irmãos vividos por Ângelo Paes Leme e Heitor Martinez - antigos chefes que querem recuperar o poder no morro.

"Será uma maneira de informar ao público que cada vez mais jovens estão se envolvendo com o crime organizado", observa Leandro Firmino.

Nessas primeiras cenas, a produção movimentou cerca de 200 pessoas no local - entre imprensa, atores, figuração e técnicos. Para aproximar ainda mais a novela da realidade, uma equipe da Record selecionou moradores locais para compor a figuração.

Durante dez horas, foram gravadas oito cenas de conflito entre as facções rivais, com intensa troca de tiros e fuga em carros e motos. Compradas de colecionadores, todas as armas passaram por uma adaptação para disparar somente balas de festim.

"Essa é uma realidade. As pessoas nas favelas andam altamente armadas e a comunidade vive espremida entre a polícia e os bandidos", observa o diretor Alexandre Avancini.

A novela, no entanto, vai bem além da barbárie. O universo dos milionários será o segundo plano, ambientado no tradicionalíssimo hotel Copacabana Palace. Lá, quem vai dar as cartas é Erínea, vilã que será interpretada por Lavínia Vlasak.

Noiva de Miguel, ela disputará o coração do rapaz com Joana, moça da favela por quem o matemático se apaixona - cujos intérpretes ainda não foram definidos.

Outro papel importante será o de Marcelo Serrado, que dará vida ao corrupto delegado Nogueira. "Ele será o grande vilão da novela. É quem articula toda a operação do tráfico no morro", adianta Avancini.

Além do crime organizado, Vidas Opostas vai mostrar a cooperação da polícia com a criminalidade. Braço-direito do delegado Nogueira nas negociações com os traficantes, Márcio Garcia fará uma participação de 20 capítulos como o policial Alencar.

No elenco também estão Lucinha Lins como Ísis Campobello, mãe de Miguel e dona do hotel, e Nicola Siri como Bóris - perseguido político que retorna ao Brasil após morar anos no exterior.

A novela terá também uma equipe de telejornalismo que vai acompanhar a guerra no morro, uma menina órfã que terá importante participação e uma agência de turismo onde Joana trabalha.

"Embora a trama vá abordar questões inéditas, ela mantém os elementos tradicionais dos folhetins. Ou seja, essa realidade dura e violenta será recompensada com romantismo", aponta Marcílio Moraes.





Fonte: TV Press

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