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Politica Brasil
Sexta - 06 de Outubro de 2006 às 05:26
Por: Patricia Neves

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Marcado para a tarde de hoje o depoimento da estudante S.C., 20, que deu à luz uma menina que foi encontrada morta horas depois, dentro de uma gaveta do guarda-roupas dela. A informação é do delegado municipal de Várzea Grande, Luiz Fernando da Costa. Dois inquéritos foram abertos para apurar o caso, por infanticídio e ocultação de cadáver. Além de ser ouvida formalmente, hoje o delegado vai solicitar que ela seja submetida a uma avaliação psiquiátrica por um médico designado pelo Estado.

O corpo só foi encontrado porque S.C., após ter o bebê sozinha no banheiro de casa, passou mal e teve de ser levada por vizinhos até o Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande. Lá, após ser submetida a exames com um obstetra, não teve como negar que havia tido um parto normal. Só então contou que o corpo da menina estava embrulhado no armário de sua casa, no bairro de periferia, o Jardim dos Girassóis. Até então, nenhum familiar da garota tinha conhecimento sobre a gestação.

Nessa semana o delegado Luiz Fernando recebeu laudo do Instituto Médico Legal (IML) que confirmou que a menina respirou após sair do útero.

O documento informa também que a garotinha tinha 48 centímetros, nenhum anomalia cutânea ou óssea, e morreu vítima de asfixia mecânica - causada pela constrição (aperto) do pescoço por uma força externa que pode ser dolosa (com intenção) ou ou acidental.

O exame não pode confirmar se a mãe da criança tenha ou não envolvido o cordão umbilical no pescoço da criança. No rosto da menina, diz o laudo, foram encontrados edemas na parte do lábio superior, à direita.

Até agora, diz o delegado, ele tomou o depoimento dos policiais militares que foram até a casa da garota, da mãe dela e de enfermeiros que a atenderam.

Crimes - O delegado explicou que caso seja comprovado que S.C. tirou a vida da filha terá de ser avaliado se ela agiu sob a influência do estado puerperal ou não. Em caso negativo, a morte praticada se enquadrará como homicídio, com pena de até 30 anos.

O estado puerperal, diz a literatura sobre o assunto, é um fato biológico que desencadeia uma súbita queda nos níveis hormonais e alterações bioquímicas no sistema nervoso central e que pode acarretar em perturbações psíquicas.




Fonte: A Gazeta

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