Rodrigo Maia diz que PSDB sofre de "cegueira" ao firmar aliança com Garotinho
"Ele [Alckmin] deveria ter procurado o PFL antes. Tinha que ter respeitado as lideranças do Rio de Janeiro, assim que se faz política séria, não com o Garotinho. Ele foi segurar a alça do caixão porque politicamente o Garotinho está morto", atacou Maia.
Segundo o deputado, tanto Alckmin quanto o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), estão sofrendo de "cegueira" ao aceitar o apoio de Garotinho. "Alguém seguiu a tática política do Mr. Magoo, não sei se o Alckmin ou o Tasso", criticou.
O líder disse que o PFL foi procurado à meia-noite de segunda-feira sobre o encontro que Alckmin teria no dia seguinte com Garotinho. Na opinião de Maia, Alckmin deveria ter rejeitado o apoio do ex-governador. "Do lado do Garotinho fica difícil falar em ética, que é a bandeira da candidatura Alckmin", enfatizou.
Ele afirmou que o PFL vai manter o apoio à candidatura de Denise Frossard (PPS), que disputa o segundo turno com o senador Sérgio Cabral (PMDB) ao governo do Rio de Janeiro. O peemedebista já declarou apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Frossard já havia anunciado o apoio a Alckmin, mas voltou atrás depois que o candidato recebeu Garotinho, e chegou a declarar publicamente que vai anular seu voto para presidente.
"Nós [do PFL] vamos votar no Alckmin. O problema é que 50% da população do Rio de Janeiro vai rejeitar o Alckmin com essa aliança com o Garotinho", alertou Maia.
Pacificador
O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), adotou um discurso mais ameno. Disse que o senador José Jorge (PFL-PE), vice na chapa de Alckmin, vai ao Rio em busca de uma solução para a crise no Estado. "Ele terá a posição pacificadora que desejamos em todos os Estados. O PFL é solidário com seus companheiros sempre, mas é em favor do povo que quer se ver livre da quadrilha do PT", enfatizou.
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