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Escândalo sexual de legislador prejudica a maioria republicana de Bush
O agora ex-congressista republicano Mark Foley, da Flórida, se internou numa clínica de reabilitação para alcoólatras, informou a imprensa nesta segunda-feira, enquanto que o FBI indicou que iniciou a investigação de e-mails que Foley supostamente enviou a um office boy de 16 anos.
O canal de televisão WPBF disse nesta segunda-feira que Foley enviou por fax uma carta dizendo que os "episódios" que levaram à sua renúncia evidenciam seus problemas emocionais e com o alcoolismo.
"Acredito firmemente que sou um alcoólatra e aceitei a necessidade de um tratamento imediato contra o alcoolismo e os problemas de conduta que gera", assegura na carta que foi publicada pela WPBF em seu site.
"Lamento profundamente e aceito toda a responsabilidade pelo dano que causei", acrescenta.
O comunicado da renúncia foi divulgado na sexta-feira passada depois que o FBI iniciou "uma avaliação para determinar se houve alguma violação da lei federal", disse o porta-voz Stephen Kodak neste domingo à AFP.
O anúncio da investigação ocorreu após o pedido de Dennis Hastert, influente porta-voz da Câmara de Representantes, para que o Departamento de Justiça se envolvesse no caso.
O presidente George W. Bush ficou chocado e surpreso pelas revelações de que o importante parlamentar republicano Mark Foley teria importunado sexualmente um mensageiro do Congresso, segundo afirmou o conselheiro presidencial Dan Bartlett.
"Estamos todos chocados, profundamente preocupados sobre o que exatamente aconteceu, e felizes de ver que está havendo uma investigação", disse Bartlett.
"Mas o presidente está tão surpreso quanto todo mundo".
Foley co-dirigiu o comitê do Congresso para Meninos Desaparecidos e Explorados e recentemente propôs uma lei para reduzir a pornografia infantil na internet.
"Você se divertiu em sua conferência? O que gostaria de aniversário? O que gosta de fazer?", perguntava o legislador nos e-mails enviados ao menor de idade.
O ''boy'' comentou sobre as mensagens com um colega, acrescentando: "Talvez seja paranóia minha, mas isso realmente me assusta". Em outra ocasião, o mensageiro classificou as mensagens de "perversas".
O Partido Republicano, no entanto, tentou deter a tempestade política desatada com o caso, quando já tentavam abafar a repercussão ocasionada pelas revelações sobre a guerra no Iraque feitas no novo livro do célebre jornalista Bob Woodward.
Os líderes opositores acusam os republicanos do Congresso de tentar encobrir o escândalo para limitar o dano político. A líder da minoria democrata na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, acusou os republicanos de terem traído a confiança dos pais que enviam seus filhos para trabalhar no Congresso "quando se inteiraram do assédio eletrônico de Foley e o ocultaram por quase um ano".
O escândalo ofereceu aos democratas a incomum oportunidade de atingir o Partido Republicano no terreno dos valores morais, um tema importante para sua base conservadora e que tem um importante impacto nos americanos em períodos eleitorais.
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, apareceu em vários telejornais nesta segunda tentando minimizar a polêmica.
"Odeio dizer isso, mas as coisas nem sempre são lindas no Capitol Hill (Congresso americano). Já houve outros escândalos, como vocês sabem, e que foram piores do que os correios eletrônicos ofensivos", afirmou Snow à CNN.
Os líderes republicanos vão se reunir agora para eleger um novo candidato ao distrito de Foley, que ocupava uma cadeira no Congresso desde janeiro de 1995, integrando o grupo de republicanos moderados.
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