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Internacional
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 15:00

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A guerrilha colombiana das Farc se declarou nesta segunda-feira disposta a iniciar acordos que levem a uma negociação de paz com o governo de Álvaro Uribe assim seja concretizada a troca de reféns em seu poder por rebeldes presos, e fixou as que seriam as condições para esse diálogo.

"Se o atual governo decidir conceder plenas garantias para antecipar a troca de prisioneiros de guerra, desmilitarizando por 45 dias os municípios da Flórida e Pradera, no Valle del Cauca, uma vez libertados todos eles, será dada a ordem do dia para a busca de acordos para superar o conflito social e armado", afirma a carta das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia datada do dia primeiro, mas divulgada na internet nesta segunda-feira.

Na semana passada Uribe se disse disposto a acertar com a guerrilha as condições para uma "troca humanitária", e seus assessores afirmaram que isso incluía a desmilitarização dos povoados mencionados pelas Farc.

"Propomos ao Estado colombiano que, uma vez realizada a troca e diante da imperiosa necessidade do país por encontrar uma solução política para o conflito, se desmilitarize os departamentos de Caquetá e Putumayo (sul) para iniciar as conversações de paz", diz ainda a carta.

Também pede que a comunidade internacional deixe de classificar o grupo como terrorista, que Uribe reconheça a existência de um conflito social e armado e que suspenda as operações militares em escala nacional.

O ex-ministro Alvaro Leyva, a quem Uribe encarregou de negociar a troca, destacou que o comunicado "demonstra a boa vontade da guerrilha".

Já o ex-guerrilheiro León Valencia, diretor da Fundação Novo Arco-íris, disse que se forem concretizados os avanços com as Farc, Uribe será o primeiro presidente colombiano a conseguir negociar simultaneamente com os grupos armados da esquerda e da direita que atuam no país.

Uribe também conduz um processo de paz com as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), de ultradireita, e mantém contatos iniciais com o Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista).





Fonte: AFP

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