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Politica Brasil
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 10:50

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O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e outros envolvidos em casos de corrupção conseguiram uma cadeira no Congresso nas eleições de domingo, segundo dados oficiais divulgados hoje.

Palocci (PT-SP) que renunciou em março passado após as denúncias de sua participação na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa e enfrenta vários processos na Justiça, obteve 152.246 votos e com isso ocuparia uma cadeira na Câmara dos Deputados, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

Em Ribeirão Preto, cidade de onde foi prefeito e seu antigo reduto eleitoral, Palocci obteve apenas 16.187 votos, 80,5% a menos que em 1998, quando foi eleito deputado pela primeira vez.

Também voltará à Câmara dos Deputados o ex-presidente dessa casa João Paulo Cunha (PT-SP), que em março passado foi absolvido por seus colegas da acusação de participar do esquema do mensalão.

João Paulo Cunha foi o candidato mais votado do PT em São Paulo, com 177.056 votos.

O atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, também renovou seu mandato de deputado federal por São Paulo, com 112.006 votos. Há uma semana, Berzoini tinha sido afastado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do cargo de coordenador da campanha presidencial para a reeleição.

Berzoini foi acusado de participar da tentativa de compra de um dossiê acusando os candidatos do PSDB Geraldo Alckmin, que disputará a Presidência com Lula no segundo turno, e José Serra, eleito governador de São Paulo, de envolvimento na máfia das ambulâncias.

O ex-presidente do PT José Genoino - também envolvido no escândalo do mensalão e que renunciou ao cargo depois que o assessor de um de seus irmãos foi detido em São Paulo com dinheiro escondido na cueca - voltará a ser deputado federal, com 98.729 votos.

Paulo Maluf (PP-SP), ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, foi campeão nacional de votos para a Câmara dos Deputados, com 739.827 votos.

Também voltarão ao Congresso, entre outros, os deputados Sandro Mabel (PL-GO) e Valdemar Costa Neto (PL-SP), envolvidos no caso do mensalão; Wellington Fagundes (PL-MT), Wellington Roberto (PL-PB) e Marcondes Gadelha (PSB-PB), acusados de fazer parte da máfia dos sanguessugas na compra de ambulâncias.

No entanto, as urnas puniram outros políticos que ficaram famosos pelos escândalos de corrupção.

O principal prejudicado foi o ex-presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti, que em setembro de 2005 renunciou ao mandato após ser acusado de subornar o dono de um restaurante do Congresso para renovar o contrato.

Cavalcanti (PP-PE) conseguiu apenas 53.000 votos, apesar de considerar que, com o apoio dos prefeitos da região, conseguiria o dobro de isso "sem sair da rede".

Também não renovou seu mandato a deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP), que ganhou fama por comemorar a absolvição de seu colega de partido João Magno (PT-MG), acusado de corrupção, dançando no plenário do Congresso.

Magno não conseguiu a reeleição, assim como também ficou de fora o deputado Professor Luizinho (PT-SP), envolvido no caso de compra de votos.

Também ficou de fora o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), investigado por fazer parte da máfia dos sanguessugas.




Fonte: Terra

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