Exército do Líbano se prepara para ocupar a zona de fronteira com Israel
Durante uma cerimônia na qual foi içada a bandeira libanesa, o general Michel Sleimane, comandante-em-chefe do Exército, pediu que suas tropas "respondam às agressões e às violações israelenses".
"O Exército poderá realizar seu dever de defesa, de segurança e de desenvolvimento", com a ajuda das forças da ONU", disse, reconhecendo o equipamento precário do Exército libanês.
Segundo o general Sleimane, a missão do Exército "de vigiar as fronteiras no sul, assim como as fronteiras marítimas e territoriais, deverá impedir as agressões e o contrabando de armas".
A retirada de quase 200 soldados israelenses ocorreu na madrugada de domingo sem incidentes.
Pouco antes da meia-noite (hora local e 19 horas de Brasília), unidades de engenharia já cruzavam a fronteira no setor leste.
Antes do início da retirada, a rádio pública israelense havia anunciado a autorização do ministro israelense da Defesa, Amir Peretz, para a retirada das tropas domingo.
No entanto, Israel anunciou que manterá sua última posição no setor de Ghajar, até a conclusão de um acordo sobre segurança com os capacetes azuis e o Exército libanês estacionados no sul do Líbano. Israel afirmou que continuará a sobrevoar o território libanês para impedir o tráfico de armas para o Hezbollah.
A localidade de Ghajar está situada entre o Líbano e a região síria de Golan, anexada por Israel em 1981. A ''linha azul'', traçada em 2000, depois da retirada do Exército israelense do Líbano, deixou um terço do setor de Ghajar no Líbano e os outros dois terços em Golan.
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