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Politica Brasil
Domingo - 01 de Outubro de 2006 às 20:04

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"Arruda vai para o Congresso renunciar", foi a frase mais ouvida em Brasília no dia 24 de maio de 2001. E renunciou mesmo. Na época, o então senador José Roberto Arruda abriu mão de seu mandato por conta da abertura de processo de cassação contra ele na Casa.

Cinco anos depois, venceu a disputa pelo governo do Distrito Federal nas eleições deste ano, com 50,41 por cento dos votos, após 99,54 por cento da apuração pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sua decisão em 2001 foi seguida pela renúncia de Antônio Carlos Magalhães. Os dois estavam envolvidos na quebra de sigilo do painel eletrônico do Senado durante a votação da cassação de Luiz Estevão, em junho do ano anterior.

"Não matei nem roubei ou desviei dinheiro público, mas cometi um grande erro, talvez o maior da minha vida. Num primeiro momento não percebi sua extensão", disse Arruda no discurso de renúncia e repetidas vezes depois. A tirar pelas pesquisas de intenção de voto para o governo do Distrito Federal, que apontam vitória dele no primeiro turno, o pedido de desculpas foi aceito pela população.

Arruda integrava o PSDB e era líder do governo no Senado em 2001. Quando renunciou, no entanto, já havia sido afastado da liderança do governo e também deixado o PSDB.

Atualmente deputado federal, com 48 anos, Arruda é engenheiro eletricista nascido em Itajubá (MG). Ele começou sua carreira no serviço público em 1979, como diretor da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital), na gestão de Aimé Lamaison (nomeado pelo presidente João Baptista Figueiredo).

Com o final do regime militar, tornou-se diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília) nas gestões de José Aparecido de Oliveira (1985-1988) e Joaquim Roriz (1988-1990), nomeados por José Sarney (ocupou ainda, de 86 a 87, a Secretaria de Serviços Públicos).

Em 1990, Roriz foi eleito e assumiu o cargo janeiro de 1991. Arruda assumiu a chefia do gabinete civil dele e, ainda em 1991, tornou-se secretário de Obras.

Ficou no cargo até 1994, quando disputou a eleição para o Senado pelo PP, partido de Roriz. Ficou em segundo lugar, atrás do então petista Lauro Campos.

Em 1995, Arruda ingressou no PSDB, enquanto Roriz se filiou ao PMDB. Em 1998, ambos disputaram a eleição para governador. Arruda foi novamente derrotado, já no primeiro turno, pelos candidatos Cristovam Buarque (PT) e Roriz.

Foi senador de 1995 a 2001 e deputado federal mais votado do país nas eleições de 2002, em termos proporcionais.

Casado com a atriz Mariane Vicentini, Arruda é pai de oito filhos, sendo quatro adotados.





Fonte: UOL

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