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Politica Brasil
Sábado - 30 de Setembro de 2006 às 13:29

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O governo já identificou um integrante da Policia Federal que seria responsável pelo vazamento das fotos do dinheiro apreendido com petistas na compra do chamado "dossiê sanguessuga."

O nome do policial será divulgado na tarde deste sábado pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. O ministro acusa PSDB e PFL, partidos que apóiam o candidato Geraldo Alckmin, de ser o mandante do vazamento.

As fotos do inquérito estavam sob sigilo de Justiça e foram divulgadas sexta-feira, primeiramente pelo portal de "O Estado de S. Paulo."

"O vazamento ilegal foi obra de um indivíduo da Polícia Federal, a mando do esquema tucano-pefelista," disse o ministro à Reuters, falando por telefone de Porto Alegre.

"As ligações partidárias desse funcionário são bastante claras e seu intuito foi criar um clima de instabilidade às vésperas da eleição', acrescentou Genro.

Na sexta-feira, pouco depois de as fotos começarem a circular pela internet, o coordenador-geral da campanha de do presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, disse que elas tinham sido obtidas por suborno.

As fotos mostram maços de cédulas de reais e dólares, somando cerca de 1,7 milhão de reais, no momento em que eram periciadas. As primeiras informações da Polícia Federal sobre o episódio indicavam que elas teriam sido roubadas.

A campanha de Lula tentou impedir judicialmente a divulgação dos votos, mas a ação com este objetivo foi negada liminarmente elo ministro José Delgado, do Tribunal Superior Eleitoral.

As imagens dos maços de dinheiro foram estampadas pelos principais jornais de sábado na primeira página e também nos noticiários da televisão, desde a noite de sexta.

Fontes da coordenação da campanha disseram não saber calcular qual o impacto eleitoral das imagens do dinheiro, mas demonstraram preocupação com seus efeitos negativos para a candidatura de Lula.

O PT vai apresentar ao TSE na tarde deste sábado uma ação de impugnação da candidatura de Geraldo Alckmin, alegando "uso indevido dos meios de comunicação."

De acordo com Márcio Silva, advogado da coligação partidária de Lula, o vazamento e a divulgação das fotos do inquérito pela imprensa "constituem um dos elementos de abuso que sustentam a ação."





Fonte: Reuters

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