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Politica Brasil
Quarta - 27 de Setembro de 2006 às 14:36

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã desta quarta-feira com quatro ministros e outros colaboradores, incluindo o coordenador de agenda da campanha, Cezar Alvarez, para analisar sua ida ao debate da TV Globo na quinta-feira. Um dos ministros que esteve com Lula confirmou que Lula manifestou desejo de ir ao programa, mas ainda avalia os riscos eleitorais dessa decisão. A informação tinha sido dada à Reuters originalmente por uma fonte que acompanhou parte da reunião.

"Pessoalmente ele está louco para ir, mas ainda vai analisar todo o quadro, inclusive as pesquisas de hoje, para decidir", disse a fonte, que pediu para não ser identificada. Participaram do encontro os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais), Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Luiz Marinho (Trabalho).

O risco mais temido pelo comando lulista é de que provocado, especialmente pela senadora Heloísa Helena (PSOL), Lula cometa erros que venham a ser amplificados na sexta-feira e no sábado pela mídia, principalmente pelo rádio.

Em São Paulo, o coordenador de campanha, Marco Aurélio Garcia, disse que o presidente decidirá na quinta-feira se participa do debate. "Ele está numa situação muito cômoda, ele vai avaliar se é conveniente ou não", afirmou a jornalistas.

Garcia rechaçou a possibilidade de Lula ir ao debate apenas para se defender de ataques que receberia dos demais candidatos sobre o caso da compra do dossiê contra tucanos.

"Ele não tem nada que dar explicações sobre o caso do dossiê. A posição dele está claríssima sobre isso", afirmou.

ALTERNATIVA DO TELÃO

O presidente já está analisando sugestões para compatibilizar sua eventual presença no debate com o comício de encerramento da campanha do primeiro turno, marcado para as 19h, da mesma quinta-feira, em São Bernardo do Campo. O debate será realizado após as 22h, no Rio de Janeiro.

O ministro do Trabalho disse a jornalistas que sugeriu ao presidente instalar um telão no palanque de São Bernardo e utilizar um canal de satélite para apresentar uma mensagem ao vivo direto do Rio para o público do comício.

"Hoje temos tecnologia que permite ao Lula participar dos dois eventos", disse Marinho. "Foi a minha sugestão para resolver esse problema, porque quanto a ir ao debate, as opiniões estão divididas meio a meio."

Segundo Marinho, não apenas os auxiliares de Lula têm dúvidas quanto à participação no debate. Elas estariam dividindo também o chamado "chão da fábrica", as bases sindicais do presidente.

"Metade acha que não vale a pena, porque ele vai ser provocado e o debate pode ser manipulado", disse o ministro e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "A outra metade acha que nós não devemos nada a ninguém e que o Lula tem que ir lá para arrebentar."





Fonte: Reuters

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