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Politica Brasil
Quarta - 27 de Setembro de 2006 às 03:26
Por: Patricia Santiago

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Dois dos oito candidatos ao governo do Maranhão não foram ao debate realizado nesta terça-feira pela TV Mirante, afiliada da Rede Globo no Estado - a senadora Roseana Sarney (PFL), que alegou estar em campanha no extremo sul do Estado, e Dr. Aragão (PSDC), por problemas de saúde na família. O debate foi pautado por ataques à candidata pefelista.

Jackson Lago questionou Roseana por que, no governo dela, nada foi investido na educação de nível médio e superior, enquanto seus amigos prosperaram com universidades particulares. Como ela não estava presente, Lago perguntou ao candidato Aderson Lago (PSDB) o que representou a privatização do Banco do Estado do Maranhão e da Companhia Energética do Maranhão durante a gestão da ex-governadora Roseana Sarney.

Lago afirmou "que os danos são irreparáveis porque o banco era o instrumento para fomentar o desenvolvimento do Estado". Quanto à Companhia Energética do Maranhão (Cemar), ele disse que "a companhia foi vendida por um bom dinheiro e é a terceira empresa prestando serviço de péssima qualidade". Ele disse ainda que, no momento em que a (companhia) deixou de ser pública, a população pobre perdeu a possibilidade de ter energia elétrica a baixo custo.



Saturnino (Psol) perguntou ao candidato Edson Vidigal (PSB) que medidas ele tomaria para combater a corrupção, que, segundo Saturnino, é endêmica no Maranhão. Vidigal respondeu que vai reforçar a criação de uma Controladoria Geral do Estado e também que não vai pagar propina para empresários. Vidigal disse ainda que vai prestigiar o Ministério Público e criar uma Ouvidoria e concluiu fazendo um apelo: "Temos que resgatar o espírito de moralidade", pediu Vidigal.

Preparativos

O candidato Marcos Silva (PSTU) foi o primeiro a chegar à emissora e lamentou a ausência dos adversários. "A ausência de qualquer candidato, tanto dos poderosos como dos menores, enfraquece o debate porque não se traduz, digamos, na possibilidade do povo, verdadeiramente, conhecer o perfil de todos os candidatos. No entanto, os ausentes pagaram um preço", disse Silva.

O candidato João Bentiví (PRONA) foi todo de branco ao debate e negou que a escolha da roupa tenha sido motivada por qualquer superstição. Ele elogiou a possibilidade de defender as propostas dele para o Estado em horário nobre. "É a primeira vez na campanha que, democraticamente, nós vamos nos encontrar e mostrar as diferenças de Bentiví e os outros candidatos", disse.

O último candidato a chegar à TV Mirante para o debate foi Jackson Lago (PDT). Ele também comemorou a chance de ter um tempo maior na televisão. "É a oportunidade que o eleitor tem de conhecer e olhar a cara, olhar nos olhos dos candidatos. Examinar o que que há de verdadeiro no que afirma, se a história de vida confirma aquilo a que ele se propõe, enfim, acho que é um momento muito importante", concluiu Lago.

Pelas regras da emissora, durante duas horas e cinco minutos os candidatos fizeram perguntas entre si graças a uma combinação feita pelo matemático Oswald de Sousa. Cada candidato teve até quarenta segundos para perguntar e um minuto para se defender. Nos dois primeiros blocos, foram feitas perguntas sobre temas previamente acertados com os candidatos e sorteados pelo mediador. Nos terceiro e quarto blocos, o tema foi livre. Os candidatos debateram sobre trabalho, greve de professores, péssimas condições das estradas maranhenses e corrupção.

Pelas regras, participariam do debate apenas os candidatos cujos partidos tenham representação na Câmara Federal, mas a direção de jornalismo da TV Mirante decidiu convidar todos os candidatos ao governo do Maranhão. Um auditório foi preparado para que os jornalistas pudessem acompanhar o debate através de um telão. Do lado de fora da emissora, militantes do candidato Jackson Lago fizeram muito barulho e acompanharam o evento por um telão montado na calçada.




Fonte: Terra

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