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Politica Brasil
Sábado - 23 de Setembro de 2006 às 15:59

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O delegado da Polícia Federal de Cuiabá Diógenes Curado Filho, quer ouvir o depoimento de Hamilton Lacerda, ex-coordenador de campanha de Aloízio Mercadante, candidato do PT ao governo de São Paulo. Ele seria a pessoa que receberia o dossiê contra candidatos tucanos, de acordo com os suspeitos que depuseram ontem.

O ex-analista de riscos e mídia da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Jorge Lorenzetti, o ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho, Osvaldo Bargas, e o ex-diretor de Gestão e Riscos do Banco do Brasil, Expedito Veloso, foram ouvido em Brasília pela Polícia Federal. Lorenzetti disse que o destinatário do dossiê que envolveria o candidato ao governo seria Lacerda.

Curado Filho destacou que os depoimentos decepcionaram por não terem apontado a origem do dinheiro que pagaria o dossiê - R$ 1,7 milhão. Todos eles informaram que a negociação não envolvia dinheiro.

Quanto aos demais envolvidos, o delegado informou que não pertende ouvir o ex-assessor especial da Secretaria Particular da Presidência, Freud Godoy. Ele foi citado nos depoimentos como a pessoa que providenciou o dinheiro para a compra do dossiê.

Existe ainda a possibilidade de ouvir o presidente do PT e ex-coordenador da campanha de Lula, Ricardo Berzoini, porém, o delegado disse que o depoimento não está confirmado. Berzoini disse que sabia das negociações, mas desconhecia o conteúdo das conversas.

Acareação O delegado também informou que está confirmada uma acareação entre Luiz Antonio Vedoin e o petista e ex-coordenador financeiro do PT em Cuiabá, Valdebran Padilha, um dos dois homens presos com o dinheiro que pagaria o dossiê, em São Paulo.

Empresário O empresário Abel Pereira, de Piracicaba (SP), citado pela família Vedoin como "operador" dentro do Ministério da Saúde no esquema sanguessuga após Barjas Negri (PSDB) ter assumido o ministério, em 2002, no lugar de José Serra também deve ser investigado. Curado filho disse que vai abrir um inquérito à parte para apurar o caso.

Pereira aparece em um grampo da Polícia Federal, feito com autorização judicial nos telefones da família Vedoin, no qual foi registrada uma ligação dele a um homem não identificado, no dia 14 de setembro, tentando falar com Luiz Antonio Vedoin.





Fonte: Terra

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