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Politica Brasil
Sábado - 23 de Setembro de 2006 às 13:51

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O boletim enviado neste sábado pela campanha do presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), critica parte da imprensa brasileira, que qualifica como "cabotina", "alquimista" e "elitista".

De acordo com o texto, alguns meios de comunicação acreditam que a população confiaria neles e desconfiaria de políticos, governos e partidos. Ainda segundo o boletim, "os auto-intitulados 'formadores de opinião' estão desconsolados e reagem a sua baixa influência (sic), aumentando os ataques contra Lula, seu governo, o PT e toda a esquerda".

O boletim afirma ainda que, se dependesse desta imprensa, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) estaria em primeiro lugar, e afirma: "eles se reciclaram, se modernizaram, mas não aprenderam. Continuam elitistas". No boletim, Ricardo Berzoini, ex-coordenador da campanha de Lula, ainda consta como estando na função. Berzoini foi afastado pelo presidente na última quarta-feira em função do escândalo envolvendo a compra de um dossiê contra candidatos tucanos.

Parte da imprensa brasileira é cabotina: gosta de fazer elogios a si mesma. Segundo esta parte da imprensa, a população confiaria nos meios de comunicação, ao mesmo tempo que desconfiaria dos políticos, dos governos e dos partidos.

As pesquisas de opinião estão demonstrando algo diferente. A maior parte do povo votará em Lula, não em Alckmin, candidato do coração da maior parte da imprensa brasileira.

Os auto-intitulados "formadores de opinião" estão desconsolados e reagem a sua baixa influência, aumentando os ataques contra Lula, seu governo, o PT e toda a esquerda.

Caso a eleição confirme as pesquisas de opinião, ficará claro que o povo brasileiro não acredita, não confia, não aceita os argumentos desta imprensa alquimista.

Se dependesse desta imprensa, das poucas empresas que controlam a maior parte da mídia, bem como dos jornalistas que pensam com a cabeça de seus patrões, Alckmin estaria em primeiro lugar.

Jornais que hoje posam de "democráticos" e de "liberais" estiveram ao lado dos golpistas em 1964, apoiaram a ditadura militar, encobriram os desaparecimentos e as torturas. A revista semanal de maior circulação no Brasil recebeu, recentemente, injeção de capital vinda de um grande grupo empresarial vinculado ao apartheid na África do Sul.

Eles se reciclaram, se modernizaram, mas não aprenderam. Continuam elitistas. Não aceitam que o povo seja capaz de pensar, sem depender da intermediação dos auto-proclamados "formadores de opinião".

Nos próximos dias, esta imprensa alquimista fará de tudo para nos derrotar. Para eles, não está em questão apenas o resultado eleitoral. Está em jogo sua hegemonia sobre a população brasileira.





Fonte: Terra

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