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Politica Brasil
Sábado - 23 de Setembro de 2006 às 11:00

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O depoimento do ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho, Oswaldo Bargas, teminou por volta de 1h, na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília. Bargas prestou depoimento durante três horas e meia. O ex-secretário e seu advogado, Frederico Donati, saíram do local sem dar declarações à imprensa.

O depoimento de Bargas, iniciado por volta das 21h30 de ontem (22), foi o terceiro do dia relativo às investigações sobre o dossiê que ligaria políticos ao esquema de compra de ambulâncias a preços superfaturados, com recursos do Orçamento Geral da União.

Na manhã de ontem, depôs na PF o ex-assessor de análise de mídia e risco da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, Jorge Lorenzetti, e à tarde foi a vez do ex-diretor de gestão de risco do Banco do Brasil, Expedito Veloso.

Em seu depoimento, Veloso – que é filiado ao PT e prestou serviço à campanha do presidente – revelou que esteve em Cuiabá para "fazer depósitos na conta de pessoas indicadas por Abel Pereira", um empresário que teria vencido licitações do Ministério da Saúde, ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Nessa época, o ministro era Barjas Negri, que substituiu José Serra, atualmente candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB.

Segundo Veloso, em entrevista após depor na PF, como testemunha, os depósitos foram "uma operação técnica". E sobre o dossiê, nada respondeu. A PF informou que ele havia sido citado no depoimento do petista Valdebran Padilha, preso em São Paulo com o dinheiro para a compra dos documentos. E que o depoimento foi "improdutivo".

Já o advogado de Jorge Lorenzetti, Aldo de Campos Costa, afirmou após o depoimento do ex-assessor de análise de mídia e risco da campanha de Lula que seu cliente apresentou um "relato consistente" dos fatos até o dia 15, quando foram presos Valdebran Padilha, filiado ao PT em Mato Grosso, e Gedimar Passos. Valdebran Padilha teria procurado integrantes do comitê de campanha do PT para apresentar documentos "que poderiam comprometer a campanha do PSDB em São Paulo". E, segundo o advogado, Lorenzetti teria chamado Gedimar Passos, Expedito Veloso e Oswaldo Bargas para analisarem esse material.

Oswaldo Bargas é responsável pelo capítulo de trabalho e emprego do programa de governo da campanha de Lula à reeleição.





Fonte: RMT-Online

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