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Domingo - 24 de Fevereiro de 2013 às 20:27
Por: Glaucia Colognesi

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Para diagnosticar porque a folha de pagamento de Santo Antônio de Leverger, cujo valor é de R$ 800 mil, é tão desproporcional ao tamanho e à arrecadação mensal da cidade, que é de R$ 1,5 milhão, o prefeito Valdir Ribeiro (PT) já encomendou à Procuradoria do município uma auditoria. Neste levantamento, o gestor acredita que poderá encontrar aumentos de salários abusivos e indevidos, bem como “funcionários fantasmas”.

 

   Uma das coisas que tem preocupado Valdir é o fato da folha de janeiro ter comprometido 53% da arrecadação e se aproximado do limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, equivalente a 54%. Este resultado assombroso foi alcançado mesmo com a prefeitura funcionando neste período, com apenas os funcionários efetivos. Isso porque em dezembro, todos os contratados foram exonerados automaticamente e o prefeito não pôde recontratar ninguém sem a autorização da Câmara Municipal, que estava em recesso parlamentar.

   “No mês de janeiro tocamos a prefeitura só com efetivos. Secretários tiveram que fazer cafezinho, passar pano no chão e dirigir os veículos oficiais. Economizamos R$ 100 mil e com o dinheiro conseguimos comprar e entregar uma ambulância à comunidade da Agrovila”, afirma Valdir. Para se ter uma ideia de quanto a folha compromete a receita do município, vale ressaltar que 40% do orçamento (R$ 600 mil) vai para cobrir os repasses constitucionais da Educação (25%) e da Saúde (15%). No fim, acabam sobrando apenas R$ 100 mil para as demais despesas e investimentos.

   O petista observa que só conseguiu a “proeza” de gerir a prefeitura com 100% de efetivos por ser período de férias escolares e, agora, mesmo com uma folha inchada, ele terá de contratar pelo menos mais 100 funcionários. Expulsando os “fantasmas” no quadro de efetivos, ele acredita que conseguirá enxugar a máquina e fazer as contratações necessárias. A proposta tramita no Legislativo municipal para receber aval dos vereadores.

   Além de levantar quais funcionários realmente comparecem ao trabalho, o gestor também fará um levantamento para catalogar tudo o que é patrimônio público municipal. Acontece que até hoje não existe sistema de patrimônio na prefeitura, isso significa que não há qualquer controle de quantos carros, motocicletas, motosserras, máquinas e outros bens que o Executivo municipal possui e qualquer fiscalização de seu uso. Diante desta falta de domínio, as máquinas da prefeitura podem estar sendo usadas em terras particulares e em benefício próprio de ex-gestores.

   Valdir também diz que vai organizar o almoxarifado, que se resume a apenas uma sala, sem qualquer monitoramento ou gestão. Esta falta de fiscalização fez com que remédios e merendas vencessem no ano passado, como constatou e apontou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ao analisar as contas de gestão e de governo do ex-prefeito Harrison Ribeiro (PSDB). “Se chegava dez resmas de papel sulfite não se tinha o controle para qual secretaria tinha sido distribuído, se servidor levou para casa. Hoje estamos botando ordem nessa farra”, garante.





Fonte: RDNEWS

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