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Economia
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 07:50

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Algumas atividades econômicas mato-grossenses estão conseguindo, ao longo deste ano, recuperar vagas que até no ano passado tinham balanços negativos, como a indústria alimentícia, de bebidas, mobiliária e madeireira. Como aponta o assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo, considerando o mês de agosto isoladamente, o saldo de empregos gerados revela uma recuperação dos empregos, em relação ao mesmo mês do ano passado. Infelizmente a nova realidade ainda não beneficia os trabalhadores do segmento agropecuário “que continua cortando vagas”.

Os números da indústria confirmam a desaceleração da geração de empregos em 2005 em relação a 2004 e a recuperação agora em 2006 em relação a 2005.

“O destaque positivo da indústria de transformação é a de alimentos e bebidas, que apresenta saldos positivos em todos os anos da série e que gerou agora em agosto 311 novas vagas com crescimento de 89% em relação a agosto do ano passado”, aponta Timo.

Também se destacam os empregos gerados na indústria madeireira e mobiliária, que saiu de um saldo de menos 762 vagas em 2005, para o saldo de mais 585 vagas de emprego geradas em 2006.

“Mato Grosso registrou saldo positivo entre admissões e demissões em todos os anos da série, mas com significativa queda e perda de dinamismo a partir do ano passado e que vem se mantendo também em 2006. É possível visualizar que houve recuperação nos quantitativos de vagas totais geradas na economia estadual, saindo de menos 29,04 mil vagas em 2005 para menos 181 vagas em 2006, considerando-se os dados acumulados de janeiro a agosto de cada ano. Tal recuperação se deve principalmente ao aumento da geração de empregos pelo setor industrial, com o saldo positivo de 10,04 mil vagas neste ano em relação ao ano passado”, avalia o assessor econômico.

Ainda de acordo com a análise de Timo sobre os números acumulados até agosto deste ano, a desaceleração da economia estadual na geração de empregos formais foi maior no setor agropecuário, com menos 10,60 mil vagas em 2005 e menos 4,90 mil vagas neste ano. “Isso mostra a gravidade da atual crise do setor que gerou demissões em 2005 na indústria, no comércio e no setor de serviços, que também registram quedas no saldo de vagas geradas em relação a 2004 e ainda não recuperadas neste ano, exceto na indústria”.

A indústria apresentou saldo positivo na geração de empregos em todos os anos da série, com queda em 2005 em relação a 2004 recuperadas fortemente neste ano, sendo responsável por 85% do total de vagas geradas no Estado.

Em 2005 todos os segmentos industriais do Estado registraram saldos negativos com cortes de vagas em relação a 2004, recuperadas somente agora em 2006 e alavancadas especialmente pela indústria de transformação com 7,84 mil vagas e construção civil com mais 2,21 mil vagas. “A exceção é ainda a indústria extrativa mineral com menos 91 vagas geradas no período considerado”, aponta Timo.

O maior destaque deste ano, até agora, no saldo de admissões e demissões, é a indústria de alimentos e bebidas, com forte recuperação desde 2005 e o setor madeireiro e mobiliário que agora em 2006 já apresenta saldo positivo.

“Os setores de produtos alimentícios e bebidas e o setor madeireiro e mobiliário são os segmentos que vêm contribuindo positivamente para a geração de empregos formais no Mato Grosso no período considerado, sendo que este último {madeireiro} saiu de um saldo negativo de menos 6,87 mil vagas em 2005, para mais 5,15 mil vagas em 2006”, observa.





Fonte: Diário de Cuiabá

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