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Cultura
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 01:18

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Após passarem por Tangará da Serra, Poconé e Chapada dos Guimarães as obras dos artistas Zeilton Mattos, José Pereira e Tuka Calgaro, que compõem a exposição Diversidade, chegam hoje a Cuiabá. A coletiva itinerante - que reúne 30 trabalhos - pode ser conferida no Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Misc) Lázaro Papazian até o dia 12 de outubro. A abertura ocorre às 19h e nos demais dias a mostra pode ser visitada das 14h às 18h.

Dez trabalhos de cada artista, em acrílico sobre tela, compõem a mostra. Em comum as obras têm o colorido e a alegria de elementos que retratam o cotidiano das cidades interioranas, a mulher cuiabana e a natureza.

No sábado (23) no período da manhã, também no Misc, os artistas promovem um bate-papo, em uma oficina que pretende promover a troca de experiências entre com o público, e ainda, discutir sobre a arte que está sendo produzida em no estado. Na ocasião são apresentados os principais movimentos artísticos que se desenvolveram pelo mundo; um painel sobre a história do desenvolvimento das artes plásticas em Mato Grosso; e ainda, noções básicas sobre diversas técnicas de pintura.

"As oficinas visam sensibilizar e "enriquecer o olhar, além de despertar o interesse das pessoas, que não tem acesso constante à ações culturais como esta", ressalta Tuka Calgaro.

Objetivo - Segundo os artistas, a intenção de realizar uma exposição itinerante foi a de divulgar as artes mato-grossenses e despertar o interesse de estudantes de arte e professores e educar e sensibilizar artisticamente este público.

O tema Diversidade foi escolhido, porque, além de ser atual, é também de extrema importância, para as pessoas que trabalham com cultura. "Decidimos utilizar o termo pela forma diversificada de trabalho de cada um dos artistas, como os temas, as cores e os cenários presentes nesta exposição", comenta Tuka.

Também como parte do projeto foi produzido um catálogo, com fotos de todas as obras da exposição e textos críticos do professor doutor José Serafim Bertoloto.

Os artistas já haviam realizado um projeto juntos anteriormente, uma exposição na Secretaria Estadual de Cultura, intitulada Profusão de Formas Cores e Amores, mas em projetos com essa dimensão e abrangência é a primeira vez. Sobre parcerias futuras, ainda não tiveram tempo para conversar e planejar algo.

Os criadores - Os três artistas vêm desenvolvendo relevante trabalho com a intenção de contribuir para manter a cena das artes visuais pulsante em Mato Grosso, expondo sua obra e trocando suas experiências com grupos de adolescestes de bairros periféricos e de escolas públicas de Cuiabá. Neste projeto partiram com suas obras para apresentá-las aos moradores de outros municípios.

Entre os três artistas, Tuka Calgaro é a que chegou mais recentemente a Cuiabá. Vinda do Rio Grande do Sul, onde estudou desenho e plástica, busca o novo. Seus experimentos já resultaram trabalhos em madeira, seda e papel reciclado. Em algumas obras, as imagens são seqüenciais e repetidas, muitas vezes extrapolando a tela para criar uma moldura, com elementos recortados do objeto principal. Tuka já realizou cerca de 11 exposições. Em busca de mais elementos para sua arte, paralelamente à sua pintura, atualmente é acadêmica do curso tecnológico de Artes Cênicas, da Universidade de Cuiabá (Unic).

Vindo da Bahia e residindo em Cuiabá desde seus quatro anos, Zeilton Mattos explora com segurança a cultura mato-grossense. Com obras de um colorido acentuado, com tons fortes, espontaneidade e harmonia entre as formas, gera uma atmosfera de alegria. Sua principal influência vem do modernismo brasileiro e suas mulheres têm forte influência de Picasso. Várias outras obras também passeiam no universo imaginativo de Tarsila do Amaral.

Seus trabalhos já renderam mais de oito exposições individuais e sete coletivas. Zeilton se configura hoje como um grande colaborador de Projetos Sociais e Artísticos nas Escolas da rede municipal de ensino de Cuiabá.

O também baiano José Pereira da Silva, dos três artistas expositores, é o que mais currículo acumulou na trajetória artística. Sua formação começou em 1989 junto ao ateliê da então Fundação Cultural de Mato Grosso - hoje Secretaria de Estado de Cultura. Sua marca registrada é o cotidiano das cidades interioranas, retratando os homens em seus afazeres corriqueiros, trabalhando ou divertindo-se em jogos de carta ou de bola, ou mesmo em conversas na janela ou pela rua. Em seu currículo, aproximadamente 20 exposições, entre coletivas e individuais.

A exposição Diversidade conta com patrocínio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura e do Governo no Estado, e apoio da Casa das Molduras.

Serviço - A exposição Diversidade fica em cartaz até o dia 12 de outubro no Museu da Imagem e do Som, localizado na rua Voluntários da Pátria, Centro.




Fonte: Da Assessoria

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