Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 01:15

    Imprimir


O inspetor-geral do Pentágono, general Thomas Gimble, rejeitou, na quinta-feira, as suspeitas de que uma unidade do Exército, chamada pelo codinome Able Danger, teria dados capazes de evitar os atentados de 11 de setembro de 2001. Segundo ele, as acusações não podiam ser comprovadas.

"A equipe Able Danger não identificou Mohamed Atta nem qualquer outro sequestrador do 11 de setembro", disse Gimble, que ocupa interinamente o cargo de inspetor-geral. "Na verdade, a Able Danger não obteve nenhuma informação de inteligência que permitisse uma ação", disse ele em seu relatório de 71 páginas ao Departamento de Defesa.

A tese foi levantada por ex-membros da Able Danger e defendida pelo deputado republicano Curt Weldon. O relatório de Gimble nega também que os integrantes do grupo estivessem proibidos de dividirem suas informações com o FBI, como afirmaram os denunciantes. O general negou ainda que o tenente-coronel Anthony Shaffer tenha sofrido retaliações por fazer as denúncias.

Informações

A Able Danger, dissolvida no começo de 2001, era uma operação para coletar informações sobre o terrorismo, especialmente a Al-Qaeda, usando alta tecnologia. As fontes eram a imprensa, dados do governo e outros registros públicos.

Weldon e os ex-integrantes da Able Danger sustentam há mais de um ano que a operação obteve em duas mil informações sobre Atta e outros sequestradores, o que poderia ter servido para evitar os atentados que mataram quase três mil pessoas.

Shaffer diz que os advogados do Pentágono impediram a equipe de alertar o FBI. Outras pessoas ligadas à Able Danger, inclusive o capitão da Marinha Scott Phillpott, que foi chefe do grupo, fizeram declarações semelhantes às de Shaffer. Segundo o relatório do inspetor, os investigadores ouviram quatro testemunhas que disseram ter visto um quadro representando Atta e outros terroristas ou células envolvidos nos ataques. Mas eles teriam concluído que os relatos das testemunhas não eram precisos e que os depoimentos variavam significativamente.

Além disso, o inspetor-geral concluiu que a destruição dos documentos da Able Danger foi adequada à luz dos regulamentos e que o programa não foi desativado prematuramente. Sobre Shaffer, o relatório diz que as retaliações não foram provocadas por seus comentários sobre a Able Danger. "Concluímos que a ação se baseou em falhas de conduta de Shaffer, que foram substanciadas durante uma investigação oficial realizada junto com outras questões relativas a segurança", diz o relatório.

O inspetor-geral começou a examinar o caso Able Danger no final de 2005, após solicitações de vários deputados e senadores. Uma investigação anterior do Pentágono já havia rejeitado as suspeitas.




Fonte: Reuters

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/274230/visualizar/