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Nacional
Quinta - 21 de Setembro de 2006 às 21:13

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O Ministério do Trabalho e a líder do PT no Senado, Ideli Salvati, defenderam nesta quinta-feira o repasse de verbas públicas à ONG Unitrabalho, colocada sob suspeita por políticos do PFL e do PSDB.

Salvati disse que a oposição faz acusações irresponsáveis contra uma entidade séria, que tem, entre seus colaboradores as maiores universidades do país.

Os convênios da União com a Unitrabalho foram colocados sob suspeita na tribuna do Senado após informações de que a ONG teria recebido cerca de 19 milhões de reais da União durante o governo Lula.

A oposição apontou a ligação de Jorge Lorenzetti, acusado de envolvimento no chamado "dossiê Serra", à ONG. Mas, segundo a Unitrabalho, o sindicalista não tem mais vínculos com ela desde março do ano passado.

As informações foram divulgadas pelo site Contas Abertas —que acompanha a aplicação de recursos públicos— e motivaram um pedido de abertura de CPI por parte do senador Heráclito Fortes (PFL-PI) para investigação dos repasses públicos ao terceiro setor.

Salvati e o ministério informaram que a Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho — Unitrabalho é uma rede nacional que agrega, atualmente, 93 universidades e instituições de ensino superior de todo o Brasil.

De acordo com o ministério, os convênios vem sendo realizados desde 1996 e obedeceram aos critérios legais de experiência, abrangência, redução de custos e caráter público das universidades que compõem a rede.

Em discurso no Senado, Salvati destacou que a Unitrabalho conta com parceiros como Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Não é qualquer bagrinho", disse Salvati.

A senadora rebateu as informações de que a ONG teria recebido um repasse de 3,4 milhões de reais um dia antes da prisão de petistas que tentavam comprar o "dossiê Serra".

A Senadora e o ministério disseram que o dinheiro foi repassado à Unitrabalho no dia 14 de setembro, depois da apresentação de documentos pendentes, mas o dinheiro só ficou disponível para movimentação no dia 18 de setembro, depois da prisão dos petistas.

Até o momento, segundo Salvati, a ONG só sacou 200 reais da conta.

"Antes de divulgar uma insinuação desse porte, (o senador Heráclito Fortes) deveria, no mínimo ter buscado informação junto ao Ministério do Trabalho", disse a senadora.

Na opinião de Salvati, "essas provas" esvaziam o pedido de CPI. Fortes afirmou, no entanto, que manterá a coleta de assinaturas. Até o momento, ele diz ter obtido 8 das 27 assinaturas necessárias.





Fonte: Reuters

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