PF quer ouvir de Vedoin nomes do PT ligados à compra de dossiê
"Esperamos que ele (Vedoin) confirme quais são os contatos com o PT", disse a jornalistas o assessor da PF em Cuiabá.
Vedoin, dono da empresa Planam e em prisão preventiva após ter perdido o benefício da delação premiada, prestará depoimento à polícia por volta das 14h30 desta quinta-feira.
A PF pretendia ouvir Luiz Antônio na quarta-feira, mas a Justiça de Mato Grosso pediu ao delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado Filho, que entregasse o inquérito para que o juiz avaliasse um pedido de diligência feito pela PF.
Por conta disso, segundo a assessoria da PF, o delegado resolveu deixar o depoimento de Luiz Antônio para esta quinta, pois Diógenes pretende usar informações do inquérito durante o questionamento.
Os petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos foram presos em um hotel em São Paulo na sexta-feira passada com 1,7 milhão de reais que seria usado para comprar um dossiê com acusações contra os tucanos Geraldo Alckmin e José Serra.
A PF tenta descobrir a origem do dinheiro para pagar o dossiê, material que foi preparado por Luiz Antônio e seu pai, Darci. Outros petistas já envolvidos na compra do dossiê identificados pela PF são Osvaldo Bargas, Jorge Lorenzetti e Expedito Afonso Veloso. Na sexta-feira cedo, Diógenes viajará a Brasília para colher os depoimentos dos três.
Expedito estava licenciado da diretoria de gestão de risco do Banco do Brasil para trabalhar na campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Seu nome apareceu nas investigações durante o depoimento de Valdebran à PF, na terça-feira. Na quarta-feira, Expedito pediu afastamento do cargo no BB.
De acordo com uma fonte que teve acesso ao inquérito e acompanhou os depoimentos, Expedito teria viajado a Cuiabá para encontrar Luiz Antônio pouco antes de ir a São Paulo, onde provavelmente encontrou Gedimar e Valdebran.
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