Luiz Antonio Trevisan será ouvido amanhã pela Polícia Federal

O sócio-proprietário da Planam, Luiz Antonio Trevisan Vedoin, será ouvido amanhã, às 8h, na sede da Polícia Federal, em Cuiabá. Segundo o delegado Diógenes Curado Filho, o depoimento é considerado crucial: “Há vários elementos soltos”, disse.

Independentemente do conteúdo do depoimento de Trevisan, o delegado deve ir à Brasília para ouvir Expedito Afonso Veloso (diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil), Oswaldo Bargas (ex-secretário de Relações do Trabalho no Ministério do Trabalho) e Jorge Lorenzetti (ex-analista de risco e mídia da campanha de reeleição do presidente Lula).

Curado Filho afirmou que a investigação não tem cunho eleitoral. A PF investiga se houve lavagem de dinheiro e, para tanto, precisa descobrir se houve um crime antecedente, como, por exemplo, contra a administração pública.

Ele também demonstrou estar insatisfeito com os depoimentos e informou que não há previsão sobre um depoimento do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.

Em declaração prestada à PF de São Paulo, Gedimar Pereira Passos explicou que, do total destinado à Valdebran Padilha, teria recebido R$ 1 milhão na manhã de quinta-feira, por volta das 6h, no interior do estacionamento do Hotel Íbis.

O dinheiro teria sido entregue por uma pessoa branca de aproximadamente 45 anos, cabelos negros, que não declinou o nome e estava dentro de um táxi.

A segunda parte do dinheiro foi entregue na noite do mesmo dia, por volta das 23h30, por um homem identificado como “André”, também com aproximadamente 45 anos e branco. A suspeita é que “André” seja membro do PT: “Poderia ser várias pessoas ligadas ao PT, temos vários nomes”, disse o delegado.