PF deve ouvir Berzoini após depoimentos de petistas sobre dossiê
"Primeiro temos que ouvir os três. Só a partir daí vamos pensar no Berzoini", disse um assessor da PF em Cuiabá. Questionado sobre a chance de Berzoini ser ouvido, o assessor disse que "tudo indica que sim".
Expedito é diretor de gestão de risco do Banco do Brasil. Ele foi citado no depoimento do petista Valdebran Padilha, preso com Gedimar Passos na sexta-feira passada com 1,7 milhão de reais que seriam usados para pagar pelo dossiê.
Segundo a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, Expedito está licenciado desde 14 de agosto. A previsão é de que ele fique fora do banco até o final de outubro. Diante do noticiário envolvendo o funcionário, a diretoria do banco está reunida para avaliar o caso.
A PF vai entrar em contato com os petistas e, caso não se disponham a falar, vai intimá-los. Lorenzetti já entrou em contato com a PF e se ofereceu para depor. Segundo nota divulgada pela revista "Época" na terça-feira, Bargas e Lorenzetti ofereceram o dossiê à revista.
Segundo Bargas, o presidente do PT teria sido avisado sobre o encontro, mas não sobre seu conteúdo. Berzoini alega que sabia apenas um encontro para tratar de assuntos de interesse jornalístico.
Lorenzetti foi dirigente da CUT e trabalhava até terça-feira na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Chefe do chamado "núcleo de informação e inteligência da campanha", Lorenzetti é conhecido como churrasqueiro do presidente.
Bargas é ex-secretário e ex-chefe de gabinete do Ministério do Trabalho no governo Lula e ligado ao presidente do PT.
Como os próximos depoimentos devem ser tomados em Brasília, existe a possibilidade de o inquérito ser transferido para lá, mas a PF ainda não confirma a informação.
A polícia segue investigando a origem do dinheiro e espera agora receber a fita de vídeo com imagens do circuito interno de segurança do hotel em São Paulo onde foram presos Gedimar e Valdebran.
A PF informou ainda que os reais apreendidos estão depositados na Caixa Econômica Federal e os dólares, no Banco Central.
O delegado da PF encarregado do caso, Diógenes Curado Filho, tem uma reunião nesta quarta-feira na Justiça de Cuiabá onde pode ser acertado um novo depoimento de Luiz Antônio Vedoin, que continua preso.
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