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Cultura
Segunda - 18 de Setembro de 2006 às 21:56
Por: Julie Correia

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No seminário Troca-Letras de hoje, 18, Mariza Bertoli explanou uma verdadeira aula de crítica da arte. Na palestra “A sedução dos contrários da América Latina”,na Literamérica. Para Mariza a obra já nasce destinada para facilitar e seduzir o público. Durante a palestra, ela detalhou a melhor forma de se observar uma obra de arte.

Suas observações privilegiam o modo simbólico de interpretação em análise comparada e procura atingir o nível mítico para observar os nexos de identidade na arte da América Latina. Ao abordar o estudo temático dos contrários e seus desdobramentos estéticos e semânticos, incluem-se os aspectos referentes aos mitos de origem. Esse enfoque surpreende a aproximação dos contrários como a vida e a morte, o bem e o mal - como um dos aspectos de identidade da nossa arte.

“A obra tem que provocar impulsos para que a gente se reconheça nela”, explica. De acordo com Mariza o estético é aquilo que comove é aquela obra que as pessoas conseguem se sentir dentro dela. “O papel do artista é fazer ver a realidade, que causa comoção o que pode ser feito não só pelo lindo como também através do horrível”, define.

Suas observações são vistas pelo olhar simbólico, porque as constelações simbólicas formam-se em torno de um arquétipo método de convergências ou constelações simbólicas. Os procedimentos são metodológicos, Teórico-críticos com prática de análise da plástica, envolvendo as outras dimensões da malha simbólica.

Em sua palestra, ela disse que o artista para ser universal, não precisa deixar de ser regional. Como prova desta realidade ela, citou exemplos de obras de dois grandes artistas, Humberto Espíndola e João Sebastião.

CURRÍCULUM

Doutora e Mestre em Estudos Latino-Americanos - Artes Plásticas, pelo PROLAM-USP; especialista em Estudos Conservação e Restauração de Centros Históricos, pela Universidade de Florença -Itália; especialista em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, pela Universidade de Minas Gerais. Atua em crítica de arte, restauração e consultoria de Política Cultural. Autora dos livros: O mítico e o Político na Arte de Humberto Espíndola e A Morte, A Esfinge e a Rosa na Arte de Raul Cruz.O grande olho e o ovo primordial : A criação do mundo e a ordenação do caos na obra de Francisco Brennand. Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Críticos de Arte. É fundadora da Casa Latino-Americana - CASLA -Curitiba-PR e conselheira da Sociedade Científica de Estudos da Arte CESA .





Fonte: Da Assessoria

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