Livro sobre aves do Pantanal e do cerrado será lançado hoje à noite

Leves, soltas e belas. As aves do Pantanal e do cerrado são o tema de uma coleção de fotografias do polonês Wieslaw Jan Syposz, reunidas na obra “Aves do Pantanal e do Cerrado de Mato Grosso”. A noite de autógrafos acontece logo mais às 19 h., no estande da editora Única. O livro, editado pela Carlini & Caniato, traz fotografias feitas em quatro anos de trabalho Syposz ao longo da rodovia Transpantaneira, que liga Cuiabá ao município de Porto Jofre, na divisa com Mato Grosso do Sul, e em Chapada dos Guimarães. Mais do que o registro, o livro demonstra a paixão do ex-engenheiro, que, desde 2004, abandonou o trabalho confortável em uma multinacional no Canadá para viver da e para a fotografia. O interesse pela câmera fotográfica é antigo, vem dos tempos do colégio. Das diversas viagens que fez a trabalho, acumularam-se fotos, e o interesse virou paixão. Em 1999, numa visita ao Pantanal, ficou maravilhado. “O Pantanal é ótimo para a observação de aves. A quantidade é enorme - são 150 espécies - e a extensão é pequena, sendo mais fácil observá-las”, observou ele. No período de seca na Transpantaneira, quando a estrada acumula a água do período chuvoso, o local enche-se de vida. De todo canto, surgem jacarés, pacas e aves, muitas aves. Cenário perfeito para flagras de imagens raras como a do choró-boi com um sapo imenso no bico ou a do instante exato em que o tuiuiú se prepara para matar um peixe antes de comê-lo. Variedade O Brasil é o terceiro país em variedade de aves, perdendo apenas para a Colômbia e o Peru. Somente no cerrado, há cerca de 800 espécies diferentes. Segundo Wes, 80% das aves do mundo já estão catalogadas; no entanto é difícil encontrar obras com informações técnicas sobre as aves brasileiras. Dificuldade que ele sentiu quando começou a estudar ornitologia. Gavião real, águia pescadora, mutum-de-penacho, quero-quero e curutié são algumas das espécies retratadas na obra, toda em cores, com acabamento de luxo. Para o futuro, o engenheiro/fotógrafo planeja uma obra que retrate fauna, flora e paisagens. “É importante contar com uma editora na qual se tem liberdade para acompanhar a confecção do livro, e onde se tenha interesse em dar continuidade aos projetos”, disse ele.