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Cultura
Segunda - 18 de Setembro de 2006 às 08:49
Por: Lena Araújo

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Uma mulher que rompeu as barreiras de seu tempo. Esta é a característica principal da escritora e poetisa boliviana Maria Quiroga Vargas. Sua Antologia foi lançada na segunda edição da Literamérica 2006 – Feira Sul-americana do Livro, e tem o lirismo do século XX. Maria é considerada uma das maiores escritoras de seu país. A coletânea tem como objetivo principal resgatar a obra da autora e torná-la conhecida pelas novas gerações como patrimônio literário boliviano.

Em um meio nitidamente masculino, Maria Vargas conquistou o respeito e a admiração de seus colegas poetas. Ela era considerada igual entre seus companheiros de letras, o que, para a época, era quase impossível uma mulher se fazer respeitar por sua competência.

José Edmundo Paz-Soldán, considerado atualmente o melhor escritor da Bolívia, fala com propriedade da importância da obra da escritora para seu país, que a deixou esquecida. “Em seus melhores momentos, Maria Quiroga Vargas tem a força das melhores poetisas de uma geração que deu, entre outras, a Gabriela Mistral e Juana de Ibarborou. A sensualidade da sua poesia lembra a de Delmira Agustini, mas o objetivo de Quiroga é diferente, pois aqui a natureza é o motivo de entrega do sujeito poético: ‘Yoquisiera perderme dentro de los trigales/ engalarnar com áureas espigas mis cabellos...’ Há na autora um profundo existencialismo a manera de Darío de ‘Cantos de amor, vida e esperança.’ A esquecida poetisa boliviana merece um lugar no cânone poético latinoamericano da primeira metade do século XX”, conclui.





Fonte: Da Assessoria

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