Vedoin acusa Serra de receber propina, diz revista

O empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam e apontado como chefe do esquema dos sanguessugas, acusou o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, de participar da máfia quando era ministro da Saúde. A informação, segundo reportagem da edição de hoje do Estado de S. Paulo, foi antecipada pelo blog do jornalista Ricardo Noblat ontem e deve ser publicada em reportagem da próxima edição da revista IstoÉ.

O secretário-executivo do ministério, Barjas Negri, também teria recebido propina, de acordo com Vedoin. Serra e Negri, hoje prefeito de Piracicaba (SP), de acordo com a denúncia, receberiam os recursos para que liberassem verba destinada à compra superfaturada de ambulâncias.

A verba seria repassada aos tucanos por meio do empresário do ramo da construção civil Abel Pereira, de Piracicaba, segundo o Estado. Vedoin teria apresentado cópias de 15 cheques que diz ter passado a Pereira. Duas empresas foram citadas pelo dono da Planam: a Kanguru, uma factoring de São Paulo, e a Datamicro, empresa da área de informática de Governador Valadares (MG). Era nas contas delas que os cheques eram depositados, segundo recomendação de Pereira.

Surpreso José Serra, por meio de sua assessoria de imprensa, disse estar surpreso com esse tipo de notícia às vésperas da eleição. Mais cedo, ele já havia negado ter qualquer envolvimento com o esquema dos sanguessugas. O tucano classificou como "kit baixaria" do PT a reportagem publicada ontem pelo jornal Correio Braziliense. O texto afirma que a máfia que superfaturava ambulâncias atuava com o aval do tucano quando ele era ministro da Saúde.