Governo cingalês se afasta de possível reunião com a guerrilha
Representantes dos quatro co-presidentes do processo de paz do Sri Lanka (Japão, Noruega, Estados Unidos e União Européia) se encontraram ontem, em Bruxelas. O ministro de Desenvolvimento Internacional norueguês, Eric Solheim, anunciou que o Governo e os rebeldes Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) tinham aceitado se reunir.
Solheim disse que o encontro poderia acontecer em Oslo, em outubro.
Porém, o porta-voz do Ministério da Defesa cingalês, Keheliya Rambukwella, citado hoje pelo jornal "Daily Mirror", afirmou que tinha conversado com o presidente, Mahinda Rajapakse, e que "não há nenhum acordo sobre o reatamento incondicional das negociações".
"Não delegamos poderes à Noruega para falar em nosso nome", acrescentou. O Governo cingalês insistiu em certas condições antes de retomar o diálogo.
Os co-presidentes da Conferência Internacional para a reconstrução e desenvolvimento do Sri Lanka afirmaram que o Governo do Sri Lanka e os rebeldes "deveriam aproveitar a oportunidade para mostrar a maior flexibilidade possível" e se reunir "em Oslo urgentemente, no início de outubro".
Após quase três anos em que o processo de paz esteve suspenso, o LTTE e o Governo voltaram a se reunir em junho, em Oslo. Mas os rebeldes se retiraram das conversas, acusando o Governo de enviar representantes de baixo nível e sem a autoridade necessária para negociar.
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