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Nacional
Quinta - 21 de Fevereiro de 2013 às 10:37

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Alice Vergueiro/FuturaPress/EstadãoConteúdoGil Rugai chega ao fórum; ele é acusado de matar pai e madrasta em 2004

A sentença a ser proclamada pelos jurados no fim do julgamento de Gil Rugai não definirá apenas o futuro do ex-seminarista, mas também a partilha da herança deixada por Luiz Carlos Rugai, pai do acusado e vítima do crime. Estima-se que, atualmente, perto de R$ 22 milhões estejam parados aguardando o júri, que entrou no quarto dia nesta quinta-feira (21).

Se absolvido, o réu terá direito a usufruir os quase R$ 5,5 milhões a que tem direito — o porcentual representa 25% do total, já que a família de Alessandra Troitino deve receber R$ 11 milhões. A outra metade, pela lei, será dividida entre os dois irmãos ou será entregue apenas a Léo Rugai — caso Gil seja condenado.

Luiz Carlos e Alessandra não eram oficialmente casados, mas estavam juntos havia mais de 10 anos. De acordo com a legislação brasileira, a relação do casal já era considerada uma união estável, o que dá direito à metade dos bens à mulher. A família de Alessandra Troitino pleiteia o direito na Justiça e os parentes de Gil Rugai contestam.

O caso

O publicitário Luiz Carlos Rugai, 40 anos, e sua mulher, Alessandra de Fátima Troitino, 33 anos, foram assassinados a tiros dentro da casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de São Paulo no dia 28 de março de 2004.

Alessandra foi baleada cinco vezes na porta da cozinha, segundo laudo da perícia. Luiz Carlos teria tentado se proteger na sala de TV. A pessoa que entrou no imóvel naquela noite arrombou a porta do cômodo com os pés e disparou quatro vezes contra o publicitário.

O comportamento aparentemente frio de Gil Rugai, na época com 20 anos, ao ver o pai e a madrasta mortos chamou a atenção da polícia, que passou a suspeitar dele.

Os peritos concluíram que a marca encontrada na porta arrombada era compatível com o sapato de Rugai, que, ao ser submetido pela Justiça a radiografias e ressonância magnética, teria apresentado lesão no pé direito.

Na mesma semana do duplo homicídio, os policiais encontram no quarto do rapaz, um certificado de curso de tiro e um cartucho 380 deflagrado, o mesmo calibre da arma usada no assassinato do casal.

As investigações apontaram ainda que ele teria dado um desfalque de R$ 228 mil na empresa do pai, a Referência Filmes, falsificando a assinatura do publicitário em cheques da firma. Poucos dias antes do assassinato, ele foi expulso de casa.

Um ano e três meses após o duplo homicídio, uma pistola foi encontrada no poço de armazenamento de água de chuva do prédio onde o rapaz tinha escritório, na zona sul. Segundo a perícia, seria a mesma arma de onde partiram os tiros que atingiram as vítimas.

Rugai responde pelo crime em liberdade e está sendo julgado por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe.






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