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Segunda - 18 de Fevereiro de 2013 às 08:06
Por: Valérya Próspero

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 Com 20 anos de existência, o município de Alto Boa Vista (a 1.064 km de Cuiabá) acumula dívida de R$ 4 milhões. O  valor é praticamente impagável, considerando a realidade da cidade. A arrecadação anual é de R$ 800 mil, mas o valor tende a diminuir devido a redução das terras em 72% com a desocupação da Gleba Suiá Missu para devolver aos Xavantes.

 

   Conforme o prefeito Leuzipe Domingues Gonçalves (PMDB), o que restou da cidade está localizado em assentamento do Incra, o que impede a liberação de verba para habitação.  Além disso, Alto Boa Vista não tem certidão negativada devido às dívidas em R$ 1,8 milhão com o INSS e R$ 1,6 milhão, com a Rede Cemat. Para amenizar a situação, o peemedebista busca ajuda da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) a fim de intermediar uma solução. Ele lembra que em audiência realizada com o governador Silval Barbosa (PMDB) com prefeitos do Araguaia, o chefe do Executivo não indicou solução.

   Leuzipe relatou a situação pós-desocupação da gleba, que deixou a cidade em estado de alerta. Segundo ele, as pessoas com melhores condições financeiras, que sustentavam a economia de Alto Boa Vista, voltaram para suas origens e só ficaram aqueles que não tinham nem como sair. “Agora a arrecadação foi boa, porque o povo vendeu 250 mil cabeças de gado para ir embora. Já a plantação está perdida, o juiz não deixa pegar nem fazer manutenção”, relata.

  O prefeito também conta que as famílias estavam alojadas em escolas e as casas doadas ou improvisadas pela prefeitura estão servindo para abrir até 3 famílias em cada residência. Essas pessoas não querem ser assentadas nas terras disponibilizadas por considerarem o espaço de 1 hectare muito pequeno. “Elas querem ser assentadas nos assentamentos de agricultura familiar, que tem mais fomento”, explica.

   Outro problema é a saúde. Segundo Leuzipe, o posto de saúde urbano está fechado para reforma. os reparos ocorrem de forma lenta e a empresa responsável já recebeu toda a verba de R$ 200 mil e ainda não terminou a obra. No entanto, ainda está dentro do prazo limite para entregar o prédio. A cidade ainda é abastecida com água de poço e caminhões pipa, que são insuficientes para atender toda população, hoje em 6 mil habitantes.





Fonte: RDNEWS

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