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Politica Brasil
Sexta - 25 de Agosto de 2006 às 18:11

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Em encontro realizado nesta quinta-feira com prefeitos do Estado do Paraná, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma relação "respeitosa e sadia" da União com os municípios e criticou o "jeitinho" ao citar o esquema dos sanguessugas em que parlamentares se beneficiavam com a compra de ambulâncias para prefeituras.

"Tem gente que adora que um prefeito chegue em Brasília com um chapéu na mão. Agora, precisava existir essa vergonha do sanguessuga para que um prefeito tivesse uma ambulância? Precisava? Isto é o que eu digo para as pessoas que querem entrar pela porta dos fundos. Aí, quando quebram a cara, não sabem porque quebraram a cara", disse Lula ao discursar para cerca de 300 prefeitos em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Em atividade de candidato à reeleição, ele relatou que o governo federal comprou 2 mil ambulâncias para os municípios por leilão eletrônico. "Não precisa de intermediários", recomendou.

Ao pregar uma relação "sem favorzinhos" entre a União e as prefeituras, ele afirmou que seu governo se relacionou com prefeitos de todos os partidos. "O povo não pode pagar pela opção política que nós fazemos", explicou.

O presidente chegou a propor o aumento do limite de endividamento das prefeituras, opção que levaria à reformulação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Os prefeitos reivindicam a aprovação pelo Congresso da chamada minirreforma tributária, que eleva a arrecadação dos municípios.

Mais tarde, como presidente, Lula reuniu-se com empresários do comércio, indústria e agricultura paranaenses, quando voltou a afirmar que o país "entrou na rota do crescimento sustentável". Logo ao chegar na cidade, visitou instalações da futura Universidade do Mercosul localizada na área da usina Itaipu Binacional.

"PT paga"

Questionado sobre o tipo de viagem que fazia no Paraná, se de candidato ou de presidente, Lula disse aos jornalistas que os dois papéis se confundem e recomendou que a imprensa procurasse o PT para indagar quem estava arcando com as despesas.

O PT reagiu em nota afirmando que o comitê financeiro da campanha assumiria os gastos da viagem.

"Embora a maior parte da agenda desta viagem seja composta por atividades de governo, a campanha arcará com os deslocamentos aéreos e terrestres, bem como com as despesas de hospedagem e alimentação. À União caberão apenas os gastos da comitiva pessoal do presidente (segurança, médico e assessores), como previsto em lei", diz a nota.

Lula fica em Foz do Iguaçu também na sexta-feira pela manhã, quando se reúne com representantes de cooperativas.





Fonte: Reuters

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