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Politica Brasil
Sexta - 25 de Agosto de 2006 às 12:01

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Autoridades da Alemanha e do Líbano detiveram na sexta-feira mais dois suspeitos de participação em um plano para detonar bombas em trens alemães, no mês passado. O gabinete da Procuradoria Federal da Alemanha afirmou que a polícia do Estado de Baden-Wuerttemberg havia "detido provisoriamente" um outro acusado e realizado buscas no quarto de um dormitório estudantil da cidade de Konstanz.

"A investigação dos procuradores federais relacionada com os ataques malsucedidos em trens de Dortmund e Koblenz concentrou-se hoje em uma outra pessoa devido à suspeita de que participava de uma organização terrorista", afirmou o gabinete em um comunicado.

As autoridades libanesas também detiveram outro suspeito acusado de envolvimento no plano, disse um integrante do Judiciário do país árabe, em Beirute.

Segundo a fonte, um libanês de 24 anos, cujas iniciais do nome seriam K.H.D., tinha sido detido com base em informações fornecidas por outro envolvido, Jihad Hamad, 20, que se entregou a autoridades do Líbano na quinta-feira.

As prisões elevam para quatro o total de suspeitos detidos —dois estão na Alemanha e dois, no Líbano. Nenhuma acusação formal foi ainda apresentada contra qualquer um deles.

Os dois suspeitos principais, Hamad e o libanês Youssef Mohammad E.H., 21, foram identificado depois de câmeras de segurança gravarem os dois arrastando malas para dentro de trens em Colônia, no mês passado.

Malas como as que são vistas nas gravações foram encontradas com tanques de gás propano e detonadores simples em trens das cidades alemãs de Dortmund e Koblenz. Os explosivos não puderam ser detonados.

Os procuradores alemães afirmaram que ainda investigavam "se o suspeito recém-detido estava realmente envolvido na preparação dos ataques e em que medida teria se envolvido".

Segundo as autoridades, ele fazia parte do círculo de conhecidos de Youssef Mohammad, detido na Alemanha no final de semana quando tentava, aparentemente, fugir do país.

O chefe da polícia federal da Alemanha, Joerg Ziercke, afirmou que ainda não está claro se os suspeitos poderiam ser de uma rede internacional de militantes ou se formavam apenas uma associação local.

"Partimos do pressuposto que isso diz respeito a um grupo terrorista aqui da Alemanha e essa é também a opinião dos procuradores federais", disse Ziercke, em entrevista concedida ao canal alemão n-tv.

Ziercke afirmou ao canal ARD que investigadores da Alemanha tinham viajado para Beirute a fim de acompanhar o interrogatório de Hamad. O pai de Hamad, um soldado libanês da reserva, afirmou à Reuters, na cidade de Trípoli (norte), que havia entregado o filho depois de ouvir as acusações. Mas ressaltou não acreditar que Hamad tivesse participado da ação.

Tanto Hamad quanto Youssef Mohammad viviam na Alemanha e fugiram para o Líbano pouco depois de as bombas terem sido descobertas, no dia 31 de julho.

Youssef Mohammad acabou regressando enquanto Hamad permaneceu no Líbano.





Fonte: Reuters

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