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Politica Brasil
Quinta - 24 de Agosto de 2006 às 15:00
Por: Sandra Hahn

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 24, que pretende assumir a construção de alianças, caso seja eleito para um segundo mandato. Em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre. "Em um possível segundo mandato, vou assumir mais diretamente a construção das alianças que o governo tem que fazer", disse. "Não só em função da base de sustentação do governo, mas em função dos projetos futuros que temos que construir".

Lula disse que pretende conversar com todos os partidos políticos e com os governadores. Ele ponderou que as alianças não precisam ser feitas com base na participação em cargos, mas podem se dar a partir de estratégias e projetos. Ele se queixou do fato de o Congresso ainda não ter votado o Fundo da Educação Básica (Fundeb), que foi enviado há 18 meses, segundo contou, dizendo-se "frustrado" com a demora.

Medidas provisórias Ele discordou da avaliação do Congresso de que o excesso de Medidas Provisórias prejudicaria a tramitação de projetos. "Muitas vezes a oposição trabalha dizendo o seguinte: nós não vamos votar, porque se votar vai ajudar o presidente", declarou. "Não vai me ajudar, vai ajudar o Brasil", acrescentou Lula. "Quando quer me prejudicar, me xinga, agora não pode prejudicar o País por conta de uma eleição", concluiu.

Na avaliação do presidente, o Executivo não pode governar sem a ferramenta das Medidas Provisórias. "Ela (MP) será quanto mais necessária quanto menos o Congresso votar", relacionou Lula. "Se o Congresso votar projetos de lei com rapidez, você não precisa fazer medida provisória, faz projeto de lei com urgência urgentíssima", contrapôs o presidente.

Mensalão Lula recorreu a uma imagem de vida doméstica para responder a uma pergunta sobre o mensalão. "Muitas vezes você está na cozinha de sua casa, tomando chimarrão, e não sabe o que seu filho está fazendo na sala ao lado", afirmou.

Lula disse que um presidente toma conhecimento dos fatos quanto participa deles, é informado pelos participantes ou ocorre uma denúncia. Quando houve a denúncia, disse ele, tomou as providências cabíveis, afastando quem deveria e acionando as investigações necessárias.

"Eu nunca fiz" O presidente disse que não iria abordar "coisas que poderia falar e os adversários sabem", porque "o povo brasileiro merece respeito". Questionado sobre a declaração, Lula explicou que foi candidato várias vezes e houve momentos em que foi instigado para fazer denúncias contra "determinadas pessoas". "Eu nunca fiz", afirmou. "Porque ou eu tenho prova ou eu não digo", afirmou.

Agenda estratégica Ele afirmou que "num futuro mandato nosso, se o eleitor brasileiro quiser", as prioridades serão desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade". Lula disse que essa é sua "agenda estratégica". O presidente aproveitou para citar projetos na área de educação iniciados por seu governo no Rio Grande do Sul, como a Universidade do Pampa. Lula lembrou que nesta quinta-feira é aniversário da morte do ex-presidente Getúlio Vargas. Ele disse que faz questão de lembrar dessa época, elogiando a "coragem" do ex-presidente em implantar projetos estruturais.





Fonte: Agência Estado

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