Renan decide até 11 horas se envia processos contra senadores
A presidência da Casa já havia enviado uma denúncia contra os três parlamentares, com base no relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, que investiga o uso indevido de recursos do Orçamento da União para a compra de ambulâncias, com preços superfaturados, para municípios.
No entanto, ontem, o Conselho de Ética devolveu os processos à Mesa, por entender que não cabia denúncia e sim representação para início de processo de cassação de mandato.
Suassuna, Malta e Serys tiveram seus nomes incluídos no relatório da CPI Mista por haver indícios ou provas de terem sido autores de emendas ao Orçamento para favorecer a Planan, empresa indicada como organizadora do esquema de fraudes e como responsável pela venda de ambulâncias, com base em um acerto prévio com as prefeituras para fraudar as licitações.
Para tomar a decisão, Renan decidiu consultar os demais seis membros da Mesa do Senado. Mas, por falta de condições para uma reunião, já que a maioria dos senadores encontra-se em campanha política nos seus respectivos estados, o presidente da Casa aguarda resposta a ofício que enviou a cada parlamentar da Mesa para decidir se encaminha representação ao Conselho de Ética ou se a opção será pelo arquivamento dos processos.
Conversa fiada
O presidente da CPMI , deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), comentou a recente troca de acusações entre o empresário Luiz Antonio Vedoin, apontado como chefe da "máfia das ambulâncias", e o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). O senador entregou nesta quarta-feira documentos à CPMI para demonstrar sua inocência. Biscaia disse que não vai admitir que a campanha eleitoral interfira nos trabalhos da CPMI. "Eu vou usar todos os recursos para evitar que a comissão se transforme em palco de disputa política", ressaltou.
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