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Politica Brasil
Segunda - 21 de Agosto de 2006 às 21:53

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O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) protocolou nesta segunda-feira na Procuradoria Regional da República no Mato Grosso pedido de prisão preventiva contra o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, dono da empresa Planam, apontado como líder da Máfia das Ambulâncias.

Em entrevista à revista Veja publicada no final de semana, o empresário afirmou que Antero beneficiou-se de recursos oriundos de fraudes ao orçamento praticadas por meio da venda superfaturada de ambulâncias para diversos municípios do país.

Por meio de sua assessoria, Antero negou as acusações e alegou que Luiz Antônio está se aproveitando da delação premiada — benefício concedido a acusados que contribuem com investigações — para interferir no processo eleitoral.

"Nunca aceitei ser líder e nem coordenador de bancada porque nunca tratei de orçamento durante meu mandato. Essa acusação é falsa e leviana", afirmou o senador, em nota divulgada à imprensa.

O senador afirmou ainda que quer defender-se na CPI dos Sanguessugas, que investiga o caso no Congresso.

"Vou pedir à CPI que me investigue o mais rápido possível e que os resultados sejam logo anunciados", disse o tucano.

"O (Luiz Antônio) Vedoin tem de apresentar alguma prova dessa acusação leviana que fez", completou.

O empresário afirmou à publicação que seu pai e sócio, Darci Vedoin, acertou com o senador o pagamento de 40 mil reais como comissão por elaboração de emendas para a compra de ambulâncias.

O dinheiro teria sido entregue a Antero, segundo afirmou o empresário à revista, por meio do deputado Lino Rossi (PP-MT), que foi indiciado no relatório preliminar da CPI.

Segundo o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o senador e o empresário terão oportunidade de prestar esclarecimentos à comissão.

Luiz Antônio Vedoin foi preso pela Polícia Federal em maio, durante a deflagração da Operação Sanguessuga. Posteriormente, foi posto em liberdade após prestar depoimento, durante nove dias, à Justiça Federal do Mato Grosso, auxiliando as investigações.

As declarações do empresário deram base ao indiciamento de 72 parlamentares por meio do relatório parcial da CPI dos Sanguessugas.





Fonte: Reuters

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