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Nacional
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 13:58

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A quadrilha que fraudava licitações de alimentos no Amazonas pode ter agido também em São Paulo e em Rondônia. Na sexta-feira, quando o esquema foi desmantelado pela Operação Saúva, a versão oficial era de que o grupo agia apenas no Amazonas. "Os depoimentos revelaram que existe essa possibilidade de ação em outros Estados, mas ainda não há provas concretas", informou Eva Miranda, da assessoria de comunicação da Polícia Federal.

Ainda segundo ela, nesta terça-feira a Polícia Federal concluirá os interrogatórios da empresária Claudomira Pinto Cavalcante e do empresário apontado como "a formiga rainha" do esquema criminoso, Cristiano da Silva Cordeiro. Eles estão entre as 30 pessoas detidas na sexta-feira, cujo prazo da prisão temporária que dura cinco dias - vence hoje.

Os outros dois acusados se entregaram à Polícia Federal no fim de semana, completando a execução dos 32 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal. No sábado, foi a vez do empresário José Maurício Gomes de Lima, que estava foragido; no domingo, do capitão do Exército Ilídio José Quintas Fernandes, que passava férias na França.

Prisão temporária "O capitão Henrique dos Santos Botelho e a empresária Elisângela Alves Aguiar conseguiram alvará de soltura ontem", informou Miranda. "O Ministério Público Federal entrará hoje com pedido de prorrogação da prisão temporária daqueles que ainda não colaboraram com as investigações. Os que já prestaram informações relevantes nos seus depoimentos serão soltos", completou.

Eva afirmou que a Polícia Federal não divulgará com antecedência os nomes de quem será libertado e de quem poderá ter a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias. Entre os presos, está o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Amazonas, Juscelino Moura; o secretário-executivo da Secretaria Estadual da Fazenda, Afonso Lobo; um membro da Comissão de Licitação da Secretaria Estadual de Assistência Social, Roberto Carbonari Santana; e um assessor do vice-governador do Amazonas, Manoel Paulino Costa Filho.

A PF informou ainda que a Justiça Militar decretou a prisão preventiva dos 10 oficiais detidos na sexta-feira (três sargentos, quatro capitães, dois tenentes-coronéis e um coronel). Por isso, embora tenha sido libertado pela Justiça Federal, o capitão Botelho continua preso no Comando Militar da Amazônia (CMA).

Inquérito do Exército "O Exército abriu inquérito policial militar para apurar as denúncias contra os indiciados na Operação Saúva. Essas investigações não se confundem com as ações da Polícia Federal, elas são paralelas", esclareceu o responsável pela comunicação do CMA, major Zendin.

A Operação Saúva foi uma ação conjunta da Polícia Federal, da Receita Federal e do Ministério Público Federal. Ela revelou uma quadrilha que fraudava licitações para aquisição de alimentos, superfaturando preços, por meio da abertura de empresas fantasmas e fornecendo produtos vencidos. As compras investigadas somaram R$ 126 milhões, no período de um ano e envolveram as esferas federal (Conab e Exército), estadual (governo do Amazonas) e municipal (prefeituras de Manaus e de Presidente Figueiredo, no Amazonas).





Fonte: Terra

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