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Meio Ambiente
Terça - 15 de Agosto de 2006 às 13:29

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Segundo um estudo publicado nos Protocolos da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS, na sigla em inglês), as temperaturas em elevação irão aumentar o risco de incêndios florestais, secas e inundações pelos próximos dois séculos.

Nem mesmo a interrupção imediata das emissões nocivas poderá impedir que muitas regiões do planeta sofram um maior risco de desastres naturais, acredita a equipe de pesquisadores.

As projeções são baseadas em dados de mais de 50 modelos climáticos que analisam o impacto do efeito estufa.

Amazônia Segundo o estudo, a Amazônia, o leste da China, o Canadá e a Eurásia estão entre as regiões que teriam as piores perdas florestais.

Algumas áreas do oeste da África, do sul da Europa e do leste dos Estados Unidos correriam maior risco de falta de água potável e secas, como resultado do aumento das temperaturas.

Os resultados das análises foram agrupados de acordo com o nível de aquecimento global: menos de 2 graus centígrados, entre 2 e 3 graus centígrados e mais de 3 graus centígrados.

A equipe, então, estimou a probabilidade de mudanças na cobertura florestal, na freqüência de incêndios e na oferta de água potável nos próximos 200 anos para cada faixa de temperatura.

Mudança perigosa "Nós mostramos os riscos cada vez maiores e o aumento das áreas afetadas que estão associados a maiores níveis de aquecimento", afirmou o principal autor da pesquisa, Marko Scholze, do Departamento de Ciências Terrestres da Universidade de Bristol.

"A Organização das Nações Unidas diz que devemos limitar as emissões de gás para evitar mudanças climáticas perigosas. Então, a pergunta é 'o que é uma mudança climática perigosa'. Nesta pesquisa, nós definimos o nível que consideramos perigoso e analisamos a probabilidade de vir a ocorrer", afirmou.

De acordo com a pesquisa, qualquer aumento de temperatura superior a 3 graus centígrados poderia resultar na liberação para a atmosfera do carbono armazenado em determinadas áreas do planeta, aumentando o problema do aquecimento global.

O diretor de Impactos Climáticos do Hadley Centre, Richard Betts, considerou o estudo uma "importante contribuição para o debate sobre os efeitos das mudanças climáticas".

Segundo Betts, a pesquisa foi um importante primeiro passo em direção à quantificação dos riscos de danos associados com determinados níveis de aquecimento global.

O principal autor da pesquisa disse esperar que os resultados respondam algumas das questões de membros mais céticos da comunidade científica em relação à precisão dos modelos climáticos.





Fonte: BBC Brasil

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