Greve do metrô atinge cerca de 2,8 mi em SP; trânsito bate recorde
Havia 138 km de lentidão na cidade às 11h enquanto a média para o horário era de 46 km, ainda de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O problema é considerado reflexo da falta de metrô. Sem o transporte, aumenta o número de carros e ônibus nas ruas.
Na tentativa de minimizar o problema, a Secretaria Municipal de Transportes suspendeu o rodízio de veículos e alterou itinerários de ônibus. Já a CPTM estendeu a duração dos esquemas de horários de pico.
De acordo com o Metrô e o TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo), a paralisação completa dos metroviários contraria uma determinação do tribunal. Na segunda-feira (14), o órgão reforçou a liminar que obriga os metroviários a manterem a circulação de 100% da frota em horários de pico e de 80% nos demais horários, mesmo em caso de greve.
Nesta terça, nenhum metrô circulou, a partir da 0h. Caso o TRT-SP entenda que sua determinação foi descumprida, o sindicato dos metroviários deverá pagar uma multa de R$ 200 mil. Por telefone, a reportagem não conseguiu localizar representantes do sindicato para comentar a provável autuação.
Os motoristas enfrentavam mais problemas na Radial Leste, onde havia mais de 15 km de lentidão no sentido centro.
O maior congestionamento registrado neste ano na cidade foi de 195 km, no dia 15 de maio, às 18h.
Paralisação Os metroviários decidiram parar em protesto contra a entrega da linha 4-amarela, ainda em construção, para a iniciativa privada. A linha 4 vai ligar, na primeira etapa, a região da Luz (centro de São Paulo) à da Vila Sônia (zona oeste de São Paulo).
A intenção do Estado é repassar seu controle por 30 anos para a iniciativa privada. Ela está em obras, com previsão de conclusão até o início de 2009. O plano estadual é que a empresa vencedora da concorrência forneça os trens e outros complementos para a operação do sistema.
A companhia tem que assinar os contratos de concessão antes do fim do ano para a entrega da linha não atrasar, já que há um prazo de dois anos para a encomenda dos trens. O sindicato dos metroviários diz que a concessão é prejudicial à sociedade e que há irregularidades em mudanças no edital.
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