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Nacional
Segunda - 14 de Agosto de 2006 às 02:29

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O domingo de Dia dos Pais dos moradores da favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na capital fluminense, foi marcado pela tragédia. Um incêndio de grandes proporções atingiu o conjunto Areal II, destruindo, segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de 500 casas em uma área de 4 mil metros quadrados e deixando pelo menos 3 mil desabrigados. Doze pessoas ficaram feridas, mas nenhuma com gravidade.

Segundo testemunhas, o fogo começou por volta das 8h e se espalhou rapidamente por causa do vento. As casas feitas de madeira e com telhas de amianto também facilitaram o alastramento das chamas. Algumas construções de alvenaria não desmoronaram, mas tiveram a estrutura comprometida.

Mais de cem bombeiros e 30 viaturas dos batalhões de Jacarepaguá, Alto da Boa Vista, Gávea, São Cristóvão e Santa Teresa trabalharam cerca de três horas no combate ao incêndio.

Foi preciso o apoio de três caminhões-pipa. Um avião dos Bombeiros e um helicóptero da Polícia Civil sobrevoaram o local jogando água. Os moradores também ajudaram, jogando baldes de água e reaproveitando até a água que formava poças no chão para atacar os pequenos focos de incêndio.

O comandante do Estado Maior dos Bombeiros, coronel Marcos Silva, disse que a maior dificuldade foi o reduzido espaço de trabalho. "As vielas são muito estreitas, os caminhões não conseguiram chegar perto das chamas", relatou.

A causa do incêndio deve ser descoberta durante a semana, quando o trabalho da perícia terminar. A suspeita mais forte entre os moradores é a de que um balão tenha dado início à tragédia. Segundo eles, houve um festival de balões no sábado. Também levantou-se a possibilidade de curto-circuito.

Urbanização para o local

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Carlos Alberto de Carvalho, defendeu um projeto de urbanização para a favela Rio das Pedras. "Tem de ser feito um alargamento dessas vielas. O pouco espaço dificultou muito o trabalho", afirmou.

Os moradores tentaram salvar seus pertences, mas boa parte deles perdeu tudo. "Minha irmã ficou sem os móveis que ainda estava pagando", lamentou o pintor Sandro Pereira dos Santos, 22 anos. O chapeiro Geílton de Souza Rozendo, 27, estava na mesma situação, mas confortava-se com o fato de que a esposa e os dois filhos tinham escapado: "Fiquei sem nada, mas eles saíram. Então fiquei com tudo".

Outros três incêndios foram registrados ontem. No maior deles, dois balões caíram na reserva florestal do Grajaú no início da tarde. O vento dificultou o trabalho dos bombeiros, que só controlaram as chamas por volta das 16h, depois da chegada do helicóptero.

No Complexo da Maré, o fogo destruiu parcialmente um prédio de três andares na Vila dos Pinheiros. Não houve feridos. Outro foco de incêndio atingiu a mata da Estrada das Paineiras, próximo ao primeiro mirante.





Fonte: O Dia

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