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Economia
Quinta - 14 de Fevereiro de 2013 às 08:29
Por: Rodrigo Maciel Meloni

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Farmácias da Grande Cuiabá registram alta de pelo menos 10% nas vendas de antiácidos, analgésicos e digestivos durante o carnaval. É o que aponta levantamento feito pelo Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso (Sincofarma/MT). No geral, a venda de medicamentos que prometem resolver o problema da ‘ressaca’ aumenta até 35% no período de folia, que dura oficialmente quatro dias.

A procura pelos remédios começa antes do fim de semana que antecede o feriado prolongado e vai até a quarta-feira de cinzas, que decreta o fim do carnaval.

A compra de remédios isentos de prescrição médica aumento por causa da facilidade de se encontrar este tipo de medicamento não só em farmácias, mas em diversos tipos de estabelecimento, como conveniências de postos de combustíveis, supermercados e outros. O preço acessível também – antiácidos custam em média de R$ 2 à R$ 3,50, contribuem para o aumento nas vendas deste tipo de remédio.

O gerente de uma rede de farmácias observa que o carnaval é a segunda época do ano de maior venda desses medicamentos, perdendo apenas para o Natal e o Réveillon quando a procura por antiácidos e desintoxicante chega a dobrar. Em razão da esperada expansão sazonal nas vendas, o estoque desses remédios é reforçado em até 40%.

Efeito colateral
Entre os efeitos nocivos da automedicação, destaque para a intoxicação. Dado do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, mostra que mais de 32 mil pessoas sofreram intoxicação por medicamentos no último ano. Destas, 99 não sobreviveram e outras 28 sofreram sequelas.

Um dos remédios mais procurados durante o carnaval são os analgésicos, geralmente utilizados para o alívio de dores moderadas, como a dor de cabeça. A combinação desses medicamentos com o uso concomitante de álcool pode causar tonteira, perda da coordenação motora e redução dos reflexos, o que piora ainda mais a situação do eventual motorista embriagado.

Já a interação de álcool com Paracetamol, outro princípio, que é encontrado em medicamentos como o Tylenol, por exemplo, o risco de causar danos ao fígado é grande.

Kit ressaca

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe, em todo o território nacional, a venda casada de medicamentos, e em 2009 vetou a comercialização do chamado “kit ressaca”, uma combinação de 3 medicamentos que eram vendidos juntos para amenizar os efeitos do excesso de bebida alcoólica.

A medida foi tomada após o departamento de monitoramento de propaganda de medicamentos da pasta receber informações de que farmácias estavam vendendo um kit com preços promocionais - composto pelo Hepatox (para o fígado), Gastroliv (espécie de sal de frutas) e Nerlagymn (para dor de cabeça).

Os estabelecimentos que forem flagrados vendendo o combinado de remédios para ressaca podem sofrer sanções sanitárias, multas e até a determinação do fechamento do local.






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