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Internacional
Quinta - 10 de Agosto de 2006 às 18:01

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Aos poucos, os aeroportos do Reino Unido e dos Estados Unidos estão retomando suas operações. Em Londres, o aeroporto de Heathrow, o principal da capital britânica, suspendeu as restrições de aterrissagem de vôos curtos nacionais e europeus. A Irlanda também voltou à normalidade após o cancelamento de mais de 60 vôos rumo ao Reino Unido. Nos EUA, os aeroportos de Atlanta e Miami voltaram a operar normalmente na tarde desta quinta-feira.

A BAA, empresa que administra o Heathrow, confirmou que a restrição foi suspensa no começo da tarde e "que as companhias aéreas estão operando novamente vôos de curta distância (menos de três horas de duração) rumo a Heathrow".

Enquanto milhares de viajantes estão esperando nos terminais do aeroporto depois que seus vôos foram cancelados, a BAA pediu aos passageiros que retornem a suas casas e liguem para as companhias aéreas. A companhia aeroportuária ressaltou que na sexta-feira "o Heathrow estará aberto e operará", apesar de ter advertido que "inevitavelmente alguns vôos serão cancelados".

A BAA também informou que as novas medidas de segurança introduzidas em resposta à ameaça terrorista continuarão vigentes nesta sexta-feira. Assim, as autoridades britânicas proibirão os passageiros de levar bagagem de mão e só autorizarão um mínimo de objetos a bordo dos aviões que partirem do Reino Unido, como cartões de crédito, documentos de identidade, remédios com receita e certos artigos médicos, que deverão ser colocados em um saco transparente.

Os passageiros também poderão levar óculos, mas sem os estojos, alimentos, leite para bebês, fraldas e compressas higiênicas, entre outros objetos. O caos se apoderou hoje de Heathrow e de outros aeroportos britânicos depois que a Polícia anunciou que abortou um complô terrorista de "dimensões globais" que pretendia explodir vários aviões comerciais em pleno vôo.

Segundo a Scotland Yard, participava da conspiração, com ramificações internacionais, "um grande grupo de pessoas", cuja nacionalidade não foi revelada. Os acusados planejavam embarcar com substâncias explosivas - levadas na bagagem de mão - em vários aviões através de aeroportos londrinos.

Em relação ao plano desarticulado, o secretário de Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff, afirmou que a conspiração "aponta para uma trama da Al Qaeda", mas ressaltou que essa conclusão "não é definitiva". As forças de segurança britânicas detiveram 21 pessoas esta madrugada em Londres e Birmingham acusados de planejarem explodir vários aviões em pleno vôo, supostamente com destino aos Estados Unidos.

EUA As filas para passar pelos controles de segurança haviam diminuído e a espera média dos passageiros passou a ser de 10 minutos, segundo autoridades aeroportuárias. A Delta Airlines não cancelou nenhum de seus sete vôos para a Inglaterra - cinco para Londres, dois para Manchester e um para Edinburgo - disse Betsy Talton, porta-voz da empresa.

"A maioria de nossos vôos são realizados à tarde, agora estamos operando normalmente", disse Talton. No aeroporto de Miami estavam previstos apenas quatro vôos desde e para Londres - três chegadas e uma saída -, e a American Airlines manteve no horário o vôo que deve seguir para o aeroporto de Heathrow (Londres) atrasando uma saída de lá. A British Airways cancelou um vôo e atrasou outro para Miami.

Irlanda Um porta-voz da companhia aérea estatal Aer Lingus declarou que foram retomados todos os vôos da empresa rumo ao território vizinho, embora tenha reconhecido que seus itinerários seguiam registrando atrasos. A Ryanair, companhia líder no mercado de vôos baratos na Europa, também se viu hoje obrigada a suspender a maioria de suas conexões com aeroportos londrinos, embora estas estejam sendo regularizadas pouco a pouco, segundo fontes da empresa.

O porta-voz da Aer Lingus acrescentou que foram impostas certas restrições aos passageiros de vôos transatlânticos ou com escalas previstas em qualquer aeroporto do Reino Unido. Como medida de segurança, as autoridades proibiram bagagens de mão nos aviões que percorrem rotas transatlânticas, assim como qualquer tipo de líquido, como garrafas de licor ou perfumes.

O ministro irlandês dos Transportes, Martin Cullen, assegurou à televisão pública local que não elevou o "nível de alerta" nos aeroportos do país, embora esteja "acompanhando de perto a situação". Um porta-voz do Comitê Nacional de Segurança, que está reunido em Dublin, corroborou as palavras do ministro ao afirmar que o organismo não deve alterar o "nível de alerta" na Irlanda.





Fonte: Terra

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