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Cidades/Geral
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 19:52

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Vinte e três mulheres das comunidades de Morrinhos e Varginha, em Santo Antonio do Leverger, iniciaram nesta quarta-feira (09.08) cursos de corte e costura, oferecidos pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), em parceria com o Sebrae, prefeitura do município e associações locais.

A qualificação é uma continuidade dos trabalhos iniciados pelo Estado em 2005, quando essas comunidades foram beneficiadas com cursos de bordado à máquina. Assim como no ano passado, as aulas são ministradas dentro das próprias comunidades, nas instalações das associações locais, onde foram disponibilizadas máquinas de costura para que as participantes coloquem em prática todo aprendizado de sala de aula. Os treinamentos são realizados individualmente em cada comunidade e duram aproximadamente 30 dias.

Desta vez, a capacitação ensina todas as técnicas de costura, além de noções sobre acabamentos e aviamentos. “Essas alunas iniciaram no projeto sem qualquer noção sobre uma máquina de costura. Primeiramente passaram pelo curso de bordado à máquina, mas ainda havia a necessidade de uma capacitação que ensinasse técnicas básicas da arte de cortar e costurar, num método prático, fácil e rápido. Isso trará um melhor acabamento às peças já produzidas por elas”, explicou a professora do curso, Maria José.

De acordo com o assessor especial da Setecs, Ricardo Augusto Moreira da Silva, a qualificação profissional atual foi uma escolha das próprias participantes. “Elas queriam muito aperfeiçoar seus trabalhos e melhorar a qualidade do produto, o que justifica o interesse pelo curso de corte e costura. O Sebrae vem buscando constantemente inserir no mercado as peças produzidas pelas alunas, que já participaram, inclusive, de feiras artesanais como forma de expor seus trabalhos”, destacou.

Outra maneira de ajudá-las a gerar renda, foi beneficiá-las com cursos de empreendedorismo, custos e preços de vendas, realizados no início deste ano. “Esta já foi uma etapa do projeto em que elas aprenderam a desenvolver características de empreendedor, noções de comercialização, de qualidade e atendimento. A intenção foi prepará-las para a inserção no mercado de trabalho”, ressaltou o assessor especial da Setecs.

Geração de renda

A qualificação profissional trouxe mudanças às comunidades ribeirinhas e são as próprias participantes do projeto que apontam essas melhorias.

“Desde que terminei o curso de bordado a máquina sobrevivo disso. Bordo panos de louça, toalha de mesa e até calçinhas. Vendo minhas peças para famílias e para a Casa do Artesão, em Cuiabá. Através deste trabalho, ganho cerca de R$ 300 por mês, uma renda que ajuda a sustentar meus quatro filhos. Agora, com o curso de corte e costura, darei perfeição e acabamento às minhas peças. Com isso, com certeza ganharei ainda mais”, contou a aluna Izaura Pinheiro de Aguiar, 35 anos.

Para a professora de artesanato, Marina Aparecida Gonzaga, 40 anos, a qualificação trouxe também a realização de um sonho. Desde que começou a participar das capacitações oferecidas pelo projeto, ela vem trabalhando na área e paga um curso superior com o dinheiro ganho com o bordado. “Faço faculdade de pedagogia e pago meu curso com o que ganho através da venda de jogos de toalhas e panos de louças bordados à máquina. Acredito que o curso de corte e costura ajudará ainda no aumento da minha produção”, disse.

A dona-de-casa, Viviana Neris da Silva, 21 anos, também reconhece a importância que os cursos trouxeram à sua vida. “Hoje, ajudo meu marido a sustentar a casa, porque ganho meu próprio dinheiro. Vendo meus bordados para amigos e familiares. Já participei de uma feira de artesanato, o que levou meu trabalho ao conhecimento de todos”, falou.





Fonte: Secom-MT

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