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Quarta - 13 de Fevereiro de 2013 às 13:05
Por: Tarso Nunes

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O vereador por Cuiabá Maurélio Ribeiro (PSDB) acha precipitada, neste momento, a possibilidade de anular o contrato com a concessionária CAB Ambiental, que realiza os serviços de saneamento e abastecimento de água na Capital. O tucano prefere ter mais diálogo com a empresa para que depois possa tomar uma decisão. “Acho muito cedo para tomarmos qualquer atitude, temos que fazer um estudo e investigar o contrato para ver se tem alguma irregularidade”, afirmou.

 

Maurélio ainda falou sobre o aumento da tarifa na água em 15% e acredita que o reajuste não condiz com o que é visto, relacionada à falta de água na Capital. “Nunca um aumento é bem vindo à população, temos que saber o motivo deste aumento. A falta de água já é um problema crônico, desde a época da antiga Sanecap, que agora foi assumida pela CAB”, explicou.

Já o vereador Toninho de Souza (PSD) adota uma postura mais radical e diz o que a concessionária está fazendo é um desrespeito com a população. “Estou levantando um movimento junto à Câmara para que possamos romper com a CAB. A empresa comprou a Sanecap, um patrimônio do povo, apenas para pegar dinheiro”, denunciou.

Na época a autarquia foi negociada por R$ 513 milhões, pelo período de 30 anos. Toninho cogita até uma abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “Nós não podemos assinar embaixo desta irresponsabilidade, que a CAB vem fazendo com a população”, promete.

Outro parlamentar que questiona o reajuste que a CAB quer impor, é o vereador Faissal Calil (PSB). O socialista declarou que entrará na Justiça para anular o reajuste de 15%. “A tarifa não pode aumentar do dia para noite, sem realizar um estudo, cálculo ou motivo, como diz a própria Lei Federal número 8987/95”, garantiu.

 

O prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) diz ter cautela sobre o contrato com a CAB. “Eu como executivo tenho que ter muito cuidado com as minhas palavras, não posso falar coisas que não tenham âncora na legalidade. Toda vez que eu vou fazer um pronunciamento; vetar; ou aprovar uma lei, eu observo através da Procuradoria-Geral, se é legal ou possível. Portanto, qualquer pronunciamento só será feito, quando eu tiver a certeza que aquele caminho pode ser trilhado com segurança e responsabilidade”, afirmou.

 

Outro fator que deixou o prefeito bastante irritado foi o fato de Executivo ter sabido através da imprensa do aumento da tarifa da água. Mendes ainda fala que não tomaria à atitude de vender a Sanecap, mas que agora não dá para questionar o que poderia ser feito ou não. “Cabe a mim, como prefeito, gerenciar esse problema, à luz da legalidade, e sempre levando em consideração os interesses das pessoas que vivem em Cuiabá”, defende.

A Sanecap teve a concessão aprovada em 2012, na gestão do então ex-prefeito Chico Galindo (PTB). Na época, 14 vereadores foram favoráveis à medida.





Fonte: RDNEWS

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