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Internacional
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 18:19

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Nas primeiras operações desde então, o Exército israelense adentrou ainda mais o território libanês, com tropas avançando sob proteção de intensa artilharia aérea.

Um porta-voz militar disse que as tropas estão agindo de acordo com decisões políticas tomadas anteriormente.

A nova fase de operações deve estender em pelo menos um mês o conflito iniciado no mês passado, segundo o vice-premiê de Israel, Eli Yashai.

"A previsão é de que (a ofensiva) dure 30 dias. Acredito que esta é uma previsão errada. Creio que vai durar mais", disse ele.

A ofensiva pode envolver até outros 30 mil soldados e levar os israelenses até o Rio Litani, que fica 30 km ao norte da fronteira entre o Líbano e Israel.

No momento, entre dez mil e 15 mil soldados israelenses estão envolvidos nas batalhas com o Hezbollah no sul do Líbano. Operação arriscada

Os ataques de Israel no sul do Líbano começaram no dia 12 de julho, depois que o Hezbollah capturou dois soldados de Israel. Eles ainda não foram encontrados.

Israel diz que os ataques visam destruir as bases do Hezbollah que estão sendo usadas como plataformas de lançamento de foguetes contra Israel.

Segundo o analista de assuntos de segurança da BBC Frank Gardner o envio de 30 mil soldados é arriscado para o país por proporcionar ao Hezbollah mais alvos para emboscadas em seu território, e, mesmo que seja por apenas 30 dias, os políticos israelenses vão ser acusados de ocupação ilegal.

A decisão do gabinete israelense foi criticada pelo ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Abul Gheit, que disse que "enquanto o mundo pede por um cessar-fogo imediato, a decisão israelense representa um aumento da violência". Hezbollah

Em um pronunciamento na TV, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou os árabes residentes da cidade israelense de Haifa, a mais atingida pelos foguetes do grupo, a deixar a cidade.

"Por favor, vão, assim não derramaremos o seu sangue, que é o nosso sangue", disse ele.

Nasrallah criticou a proposta de resolução da ONU, formulada em resposta à violência na região, dizendo que "o mínimo que podemos dizer é que ela é injusta, dando a Israel mais do que pediu". Ele apoiou a decisão do governo libanês de enviar 15 mil soldados para o sul do país.

"Nós concordamos com o envio do Exército para a fronteira, mas não escondemos o nosso receio."

"Este envio é melhor do que o envio de tropas internacionais. Não sabemos de quem eles (as tropas) vão receber ordens." Combates

Autoridades israelenses dizem que 3,3 mil foguetes já foram disparados contra o país desde o começo do conflito.

O Hezbollah, por sua vez, disparou 160 foguetes contra Israel apenas nesta quarta-feira.

Um dos ataques israelenses atingiu o maior campo de refugiados palestinos, o de Ein al-Hil, nesta quarta-feira. Pelo menos duas pessoas morreram, segundo o prefeito de Sidon, a cidade mais próxima. De acordo com Israel, o objetivo era atingir a casa de um militante do Hezbollah.

No Vale do Bekaa - região de onde o Itamaraty vem retirando brasileiros -, pelo menos cinco pessoas foram mortas em um bombardeio de Israel a uma casa que pertence a um dos líderes do Hezbollah.

Em outro desdobramento, a TV Al-Arabiya divulgou que sete soldados israelenses foram mortos em um ataque de morteiros no sul do Líbano. Israel confirmou duas mortes em confrontos com o Hezbollah.

Em Beirute, autoridades libanesas dizem que subiu para 41 o número de mortos em um bombardeio israelense realizado na segunda-feira.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU deverá se reunir nesta sexta-feira para discutir o conflito. O encontro foi pedido por 16 países, liderados pela Tunísia.

Os contínuos ataques dos dois lados, porém, têm prejudicado esforços diplomáticos no sentido de um cessar-fogo. Estados Unidos e França têm divergido sobre um projeto de resolução a ser apresentado no Conselho de Segurança da ONU.

Mais de mil libaneses já morreram, a maioria deles civis. Por sua vez, mais de cem israelenses já foram mortos, a maior parte deles soldados.





Fonte: BBC Brasil

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