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Politica Brasil
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 15:17

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A avaliação de que as recentes pesquisas deixaram o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, para trás na disputa pelo Palácio do Planalto fez o seu comitê decidir ser mais agressivo no tema da corrupção para atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em reunião da coordenação política da campanha nesta quarta-feira, tucanos e pefelistas resolveram que precisam explorar com maior contundência o escândalo do mensalão e ligar Lula ao episódio. A avaliação é que a crise do ano passado atingiu mais o Congresso e menos o petista.

"Há alguns segmentos da população que não entenderam o 2005 (ano em que o chamado mensalão veio à tona)", afirmou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

A coligação, entretanto, não admite que seja uma reação às pesquisas e diz, inclusive, que a reunião desta tarde sequer discutiu com profundidade as sondagens do Instituto Sensus e do Datafolha divulgadas na terça. As consultas eleitorais apontaram queda expressiva do tucano e crescimento de Lula.

Mas o primeiro passo da nova postura já foi dado. Ao deixar o encontro com aliados, Geraldo Alckmin prometeu apresentar, em 10 dias, um pacto de combate à corrupção, com a participação de juristas, políticos e formadores de opinião.

"Queremos extirpar essa praga da corrupção", disse Alckmin a jornalistas, negando, porém, que seja uma nova estratégia da campanha após o resultado negativo das sondagens eleitorais.

Nos bastidores, contudo, pessoas diretamente envolvidas na campanha dizem que "não engoliram" a pesquisa, sobretudo os indicadores que revelam crescimento da avaliação positiva do governo Lula.

A meta, agora, é colar em Lula a imagem de que um próximo mandato seria uma "tragédia institucional" do ponto de vista ético, segundo descreveram dois tucanos à Reuters sob condição do anonimato.





Fonte: Reuters

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