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Nacional
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 06:54

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A explosão de uma granada de uso do Exército matou um homem e feriu gravemente um jovem, 18 anos, em uma oficina de Belford Roxo, na tarde de terça-feira. A oficina Auto Star, em Vilar Novo, ficou destruída, assim como os seis carros que estavam sendo consertados. Moradores contaram que casas tremeram, vidraças estilhaçaram, e o barulho foi ensurdecedor, causando pânico na população.

João Paulo Souza foi carbonizado e Jadson Jacques da Silva sofreu queimaduras no rosto, braços e tórax, dilaceramento de uma das mãos e ferimentos da traquéia. O rapaz foi socorrido e levado para o Hospital do Joca, no município.

No fim da tarde, ele foi transferido para o Hospital de Saracuruna, em Caxias, e submetido à cirurgia. Após a operação será encaminhado para o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz.

O Esquadrão Anti-Bombas apreendeu outros 14 artefatos que estavam dentro de um Corsa cinza, com placa de Juiz de Fora, próximo à oficina. Cinqüenta homens da Defesa Civil e dos Bombeiros de Nova Iguaçu, Queimados e Duque de Caxias isolaram a área para os agentes retirarem os explosivos do carro.

Vítima foi lançada O dono da oficina, Rogério Chaves Torres, 36 anos, contou que por volta das 15h30, quatro homens, em um Corsa, pararam na porta da oficina e pediram a marreta para comprimir peças de ferro-velho.

"Eu me afastei para cumprimentar um conhecido e quando estava me aproximando vi a explosão", disse Rogério, que afirmou não conhecer os rapazes.

O impacto da explosão arremessou João Paulo a uma distância de três metros. Mesmo ferido, Jadson conseguiu sair da oficina e pedir socorro no posto de saúde em frente ao local da explosão. Os outros dois fugiram.

De acordo com testemunhas, as vítimas passaram com o carro em cima do explosivo várias vezes tentando amassá-lo. Como não conseguiram, resolveram tentar usando uma marreta. O caso será investigado pela 54ª DP.

Os artefatos apreendidos, que pareciam mísseis com 60 cm de comprimento aproximadamente, foram levados para o quartel do Esquadrão Anti-Bombas e serão analisados por peritos.

Casas foram vistoriadas A explosão causou pânico entre moradores, pessoas que passavam, funcionários e pacientes do posto de saúde do Vilar Novo, em frente à oficina. A chefe de serviços do posto, Claúdia Dutra do Nascimento, 40 anos, contou que estava trabalhando quando ouviu o estrondo.

"Ouvi um barulho ensurdecedor. Saí correndo e vi o rapaz que ficou ferido. Havia muito fogo. As labaredas passavam de 10 metros de altura", afirmou.

A dona-de-casa Marlene Araújo, 46 anos, ficou desesperada. "Entrei em pânico, pensei que fosse explodir tudo. O meu desespero aumentou quando a Defesa Civil nos mandou sair de casa para vistoriar e ver se houve abalo. Parecia guerra", disse.

Outra moradora, a dona-de-casa Ingrid Cristina Chaves de Andrade, 24 anos, também teve a casa interditada pela Defesa Civil. Ela disse que assistia a TV, quando ouviu a explosão. "Fui buscar a minha filha que estava em uma casa nos fundos do quintal".

Segundo agentes, os explosivos apreendidos são granadas de bocal de exercício antipessoal e anticarro, usados em treinamento de guerra do Exército. O armamento é disparado com auxílio de fuzil 762.




Fonte: O Dia Online

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